Não é qualquer equipa que se pode dar ao luxo de ter 3 sprinters, perto do auge da sua carreira, capazes de ganhar no World Tour. Esse é o caso da Bora-Hansgrohe, e se Sam Bennett depois de ter ficado de fora do Giro mostrou o seu descontentamento, voltou a fazê-lo de uma forma bem explícita depois de mais uma grande vitória.




O irlandês triunfou na etapa final do UAE Tour contra concorrência de peso, 2 dos melhores sprinters do Mundo, Elia Viviani e Fernando Gaviria. Já na hipótese anterior tinha estado perto, naquele final emocionante com ciclistas lado a lado. Quando cruzou a linha de meta o grito de Sam Bennett demonstrou toda a sua motivação em 2019, mostrar que a Bora-Hansgrohe cometeu um erro ao selecionar Pascal Ackermann para o Giro, mesmo depois de Bennett ter ganho 3 etapas no Giro 2018 e 7 provas em todo em 2018.

No último ano de contrato e com o acesso a algumas das maiores competições tapado por Ackermann e Sagan, após o seu último triunfo Bennett disse: “Penso que conseguem ver o meu alívio depois da meta. Claro que queria ir ao Giro, mas respeito a decisão da equipa. Há outras corridas para eu ir e tentar ganhar, só quero aproveitar todas as oportunidades que aparecem. Não pode fazer mal no último ano de contrato.”




Muitas vezes quando um ciclista é preterido mesmo dentro da estrutura os seus resultados pioram e a confiança baixa, Bennett não quer isso, “ponho muita pressão em mim mesmo e esta vitória aumenta muito a confiança, apesar de tudo estou motivado.” A menos que Sagan ou Ackermann saiam, o que é muito improvável, dificilmente veremos Bennett com as cores da Bora-Hansgrohe em 2020, o irlandês tem 28 anos e muitas equipas procuram um sprinter que seja quase garantia de vitórias no World Tour.

“É verdade que vou à Vuelta, mas quero mesmo é correr o Giro e o Tour”, finalizou Bennett numa entrevista antes do UAE Tour.




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