Para muitos, o início não oficial da temporada deu-se no dia de hoje, com a Omloop Het Nieuwsblad! O regresso das clássicas e do empedrado, mais de 200 quilómetros para o menu. Lars Boven, Alexis Gougeard, Sander De Pestel, Sean Flynn, Elias Maris, Samuele Batistella, Manlio Moro, Frank van den Broek e Jelle Vermoote formaram a numerosa fuga do dia, um grupo que andou na frente cerca de 80 quilómetros.



O grupo de 9 ciclistas viria a receber a companhia de mais de 20 ciclistas saídos do pelotão, depois de o grande grupo se ter fracionado devido ao vento que se fazia sentir no percurso. Na frente já estavam nomes como Wout van Aert, Christophe Laporte, Jasper Philipsen, Kasper Asgreen, Tom Pidcock, Jonathan Milan, Arnaud de Lie e Krists Neilands. Esta situação de corrida levou a uma prova muito rápida. Muitas equipas tinham vários representantes na frente e quem não tinha ninguém na frente era obrigada a trabalhar no pelotão.

Sem ninguém na frente, Intermraché-Wanty, Groupama – FDJ e EF Education First viram-se obrigadas a trabalhar no pelotão. Depois de ter atingido uma vantagem máxima de 1:30, a mesma começou a diminuir, mas muito lentamente. A 60 quilómetros do fim, a diferença era de apenas 3o segundos, numa altura em que surgiam os primeiros ataques na frente, por intermédio de Gianni Moscon. As subidas apareciam de forma consecutiva, com o Wolvenberg a ser decisivo no grupo da frente.



Fracionamento importante, ficando na dianteira Van Aert, Laporte, Jorgenson, Moscon, Pidcock, Skuijns e De Lie, com o italiano da Soudal-QuickStep a ceder a 50 quilómetros do fim, na passagem por um setor de empedrado. Pouco depois cedia Jorgenson e ficavam na frente 6 ciclistas. Entretanto, os restantes ciclistas do grupo perseguidor eram apanhados e, a 35 quilómetros da chegada, o sexteto da frente de corrida voltava a ter mais de 1 minuto de vantagem para o pelotão. A vitória parecia entregue à formação holandesa, mas chegaria a estar em causa. A Visma começou a alternar ataques na frente entre Laporte e Jorgenson para desgastar os adversários e uma queda feia levou ao abandono Julian Alaphilippe.

Matteo Jorgenson ganhou bastante espaço, chegando a ter 20 segundos, no entanto, e quase do nada, o grupo principal voltou à discussão da corrida no Muur, Tim Wellens inclusivamente fez a ponte para a frente com Pidcock a passar dificuldades. Houve um reagrupamento grande no Bosberg, Jorgenson foi apanhado e voltaram a chover ataques, nenhum pegou verdadeiramente até Jan Tratnik ganhar alguns metros, recebendo a companhia de Nils Politt. Os 2 foram colaborando até bem enquanto no pelotão não havia já grande força de perseguição. Tratnik, escudado pelo facto de ter os seus colegas no pelotão, dava um pouco menos de si e isso fez a diferença no sprint final, onde Politt não teve hipóteses face à força do esloveno, que se tornou o primeiro da história daquele pequeno país a conquistar esta corrida. O excelente dia da Visma ficou completo com Wout van Aert a ganhar o sprint no pelotão, diante do surpreender Oliver Naesen, de regresso aos bons resultados.

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