Ontem já tinhamos alertado na antevisão que esta etapa ainda ia fazer correr muita tinta e foi isso mesmo que aconteceu. Muita confusão pela manhã, os ciclistas apresentaram uma solução, a RCS Sport queria outra, parecia que não se iria chegar a nenhum acordo mas, finalmente, e depois de horas de espera, lá se chegou a um consenso. Os primerios 80 quilómetros da etapa foram retirados, com a 16ª etapa do Giro a ter 118 quilómetros e a começar em Laas, já depois da descida de Umbrailpass. A chuva continuava a estar presente mas já não existia a possibilidade de neve nem tanto frio, uma vez que a altitude era menor.

Tiro de partida dado e ataque inaugural de Marco Frigo. O italiano ainda andou 20 quilómetros em solitário, com vários grupos a formarem-se em sua perseguição, até ser absorvido pelo pelotão. Enorme velocidade no dia de hoje, foram percorridos mais de 55 quilómetros na primeira hora, numa altura em que já estava constituída a fuga do dia. Foi a 90 quilómetros do fim que Davide Ballerini, Andrea Piccolo, Mirco Maestri e Julian Alaphilippe saltaram do pelotão. Apenas quatro ciclistas saíram do pelotão que tinha como grande interessada na perseguição a Movistar.



A equipa espanhola nunca deu mais de 2 minutos ao quarteto que entrou na Passo Pinei com mtade dessa vantagem. Um a um, os ciclistas foram cedendo, com Alaphilippe a ficar sozinho a 33 quilómetros do fim. No pelotão, sempre a Movistar, com Filippo Fiorelli e Andrea Pietrobon a atacarem em busca de pontos no Intergiro Sprint. Quem fazia a sua corrida, em solitário, era Alaphilippe que, entrava nos últimos 25 quilómetros com praticamente 2 minutos de vantagem para o pelotão. 5 quilómetros passavam e apareciam mais ataques no pelotão, com Pelayo Sanchez, Tobias Foss e Jan Tratnik. Sanchez chegou a ter uma pequena vantagem, só que mesmo com um ciclista na frente, a Movistar acelerou no pelotão com Nairo Quintana. O ritmo do colombiano partiu o grupo dos favoritos, Sanchez foi apanhado e foi com o espanhol já na frente que Romain Bardet foi a primeira vítima entre os favoritos.

Sanchez voltava a atacar, tinha um problema mecânico e, no meio disto tudo, ficavam intermédios Ewen Costiou, Giulio Pellizzari e Christian Scaroni. Nesse momento, e pela primeira vez, aparecia a UAE Team Emirates na frente de corrida. Diferenças curtas, Alaphilippe estava cada vez mais perto de ser apanhado e foi já em plena ascensão final para o Monte Pana, a 5 quilómetros do fim, que houve junção com o trio perseguidor. Atrás, era já Rafal Majka a impor um ritmo mais forte, colocando em dificuldades muitos ciclistas. O polaco ia acelerando cada vez mais, nomes importantes iam cedendo e a 1300 metros do fim o ataque de Pogacar!



700 metros para o fim e Pogacar apanhava e ultrapassava o último fugitivo do dia, o jovem Pellizzari. Em controlo absoluto, Pogi pedalou até ao topo do Monte Pana e conquistou a 5ª etapa nesta edição do Giro. A 16 segundos, Pellizzari e Martinez completaram o pódio. Na luta pela geral, Tiberi foi 5º, a 33 segundos, Arensman 6º, a 38 e Thomas e O’Connor sofreram bastante, terminando a 49. Na geral, Pogacar já tem 7:18 de vantagem para o 2º classificado, que volta a ser Daniel Martinez.

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