A União Ciclista Internacional, através do seu Tribunal Antidopagem, suspendeu a Rádio Popular-Paredes-Boavista após dois casos com anomalias no passaporte biológico dos seus ciclistas. Esta não é um caso órfão no ciclismo internacional, basta recordar a Vini Zabu, que foi suspensa 30 dias em 2021, tendo que abdicar da participação no Giro d’Itália desse ano.



Uma suspensão que poderia ir de 15 a 45 dias, ficará num total de 20 dias (entre 29 de abril e 18 de maio), pelo que a equipa do Professor José Santos não estará presente na Vuelta às Astúrias, prova que se disputava no próximo fim-de-semana. Sendo esta apenas uma suspensão da UCI, a formação axadrezada poderá continuar a competir nas provas do calendário nacional que não pertencem ao calendário internacional (neste caso Memorial Bruno Neves e Volta a Albergaria).

A justificação da UCI é apontada com as suspensões de quatro anos aplicadas a Domingos Gonçalves e David Rodrigues devido a irregulares no passaporte biológico, o primeiro entre julho de 2018 e dezembro de 2019 e o segundo a partir de 2018, altura em que representavam a Rádio Popular-Paredes-Boavista.



Em declarações ao jornal A Bola, o Professor José Santos afirmou que “Ao fim de tantos anos dedicado à modalidade sinto-me triste pelo que está a acontecer. Este caso não tem nada a ver com o que se passa na W52-FC Porto. Por coincidência de datas surgiu na mesma altura e não deixa de ser desagradável para a equipa, ciclistas, patrocinadores e para quem gosta da modalidade. Sinto-me triste e amargurado, mas reconheço que as leis são para cumprir.”

 

Foto: João Fonseca

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