Dia de Fleche Brabançonne ou Brabratse Pijl, como queiram chamar, uma competição que tinha uma pelotão interessante à procura de ultimar a sua preparação para as clássicas das Ardenas. A corrida esteve sempre no controlo das equipas dos favoritos, o sexteto que fugiu logo nos primeiros quilómetros, composto por Iuri Leitão, Tuur Dens, Jens Reynders, Joren Bloem, Adne Holter e Antonio Jesus Soto teve uma vantagem sempre abaixo dos 2 minutos. O ritmo no pelotão foi subindo bastante, tinha cada vez menos unidades e a corrida mudou a cerca de 50 kms da meta.

Foi aí, com o sexteto inicial praticamente alcançado, que Wout van Aert fez uma feroz aceleração, que somente Remco Evenepoel e Joseph Blackmore conseguiram seguir. Ainda se formou um grupo perseguidor, mas não houve organização e ficou um grupo com cerca de 70 unidades na perseguição ao trio que mostrava ser bastante forte, abriu um espaço de 50 segundos. Finalmente várias equipas, nomeadamente Alpecin-Deceuninck, Q36.5 e EF Education-EasyPost aliaram esforços e encurtaram ligeiramente a diferença para 30 segundos à entrada da última volta.




Evenepoel fazia uma prova muito controlada e mexeu-se na primeira colina da última volta para deixar para trás Blackmore, seguindo apenas com Wout van Aert. A partir desse momento a vantagem de Evenepoel e Wout van Aert só cresceu e o triunfo estava claramente no duo dianteiro, enquanto lá atrás se lutava pelo lugar mais baixo do pódio. A 2 kms da meta começou o jogo táctico, o ciclista da Visma deixou de passar pela frente e resolveu-se tudo no sprint final, Evenepoel lançou o sprint a 200 metros da meta e, tal como na Brabantse Pilj, Wout van Aert foi batido ao sprint no final de uma corrida dura, ficando pelo 2º lugar. No sprint pelo 3º posto o mais forte foi o português António Morgado diante de Alex Aranburu, terminando da melhor maneira a sua temporada de clássicas.

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