A Volta à Comunidade Valenciana foi para a estrada hoje com uma lista de participantes aliciante, na estreia das corridas da ProSeries em 2022. Num traçado bastante ondulado e desafiante a Astana começou logo com 2 elementos a menos graças às ausências de Antonio Nibali e Fabio Felline. A fuga foi, como seria de esperar, constituída maioritariamente por ciclistas espanhóis, com Ben King a fazer companhia a Joan Bou, Jesus Ezquerra, David Gonzalez e Ivan Moreno.




O quinteto nunca teve uma vantagem por aí além, com a Movistar a ser a equipa mais proactiva na perseguição e a 30 kms da meta já havia pelotão compacto, começando aí a luta pelo posicionamento com vista à colocação aquando da principal dificuldade do dia. A tensão foi aumentando e uma queda deixou Nans Peters algo maltratado e o pelotão começou a ficar cortado quando a Quick-Step colocou uma mudança acima.

A 9 kms da meta foi a Bahrain-Victorious a pegar na corrida para tentar manter tudo calmo em prol de Matej Mohoric. A Movistar colocou Muhlberger ao serviço, Enric Mas ainda acelerou, mas não continuou a trabalhar e os ataques começaram. Com quase toda a gente no limite foi o inevitável Remco Evenepoel a arrancar e a ganhar alguma margem face à concorrência, com Aleksandr Vlasov em directa perseguição.




O jovem belga assim que o terreno aplanou não deu hipóteses e usou a sua capacidade de contra-relogista para alargar a diferença e chegar com 16 segundos sobre Vlasov e mais de 30 segundos sobre o principal grupo perseguidor com Carlos Rodriguez, Enric Mas, Luis Leon Sanchez, Antwan Tolhoek, Alejandro Valverde e Jakob Fuglsang. Remco Evenepoel lidera a classificação geral e terá de defender o símbolo de liderança na etapa de alta montanha.