Dia para o último Monumento da primeira parte da temporada, com a “Decana das Clássicas”, a Liege-Bastogne-Liege, onde Jai Hindley e Tiesj Benoot não estiveram à partida devido a doença. Fuga enorme, um hábito neste tipo de competições, com Fabien Doubey, Kenny Molly, Paul Orselin, Bruno Armirail, Harm Vanhoucke, Sylvain Moniquet, Baptiste Planckaert, Luc Wirtgen, Marco Tizza, Pau Miquel e Jacob Hindsgaul.



O pelotão deu mais de 7 minutos de vantagem máxima à fuga, mas com a passagem por Bastogne e o consequente regresso a Liege e aumentar de dificuldades, a diferença começou a diminuir e a fuga também começou a ficar mais pequena. A 60 quilómetros do fim, já com a Bahrain-Victorious ao trabalho, a corrida teve o seu primeiro grande episódio, com uma queda a afetar grande parte do pelotão.

Julian Alaphilippe, Romain Bardet, Tim Wellens, Ruben Guerreiro, Rigoberto Uran, Wilco Kelderman, Tom Pidcock e Alejandro Valverde foram alguns dos muitos envolvidos, com o campeão do Mundo a ser um dos principais afetados. A corrida continuou, a Bahrain manteve-se na frente e foi começando a atacar à vez, primeiro com Mikel Landa e depois com Wout Poels.



O Côte de la Redoute também foi decisivo no desfecho da corrida, com Remco Evenepoel a atacar muito forte na parte final da subida. À base da força o belga foi passando os ciclistas que ainda estavam em fuga até chegar a Bruno Armirail, o derradeiro resistente. O francês permaneceu na companhia de Evenepoel até ao começo do Côte de la Roche-aux-Faucons, onde o duo começou com praticamente 40 segundos de vantagem.

Bahrain e Movistar tentavam reduzir a diferença mas o belga continuava muito forte e pouca foi a vantagem que perdeu na subida. Os ataques no grupo perseguidor foram muitos, só isso permitia reduzir a diferença no pequeno topo antes da descida só que o entendimento era pouco. O mais esclarecido era Aleksandr Vlasov que, aproveitando uma hesitação do grupo, atacou a 8600 metros do fim.



Evenepoel continua na sua pedalada impressionante e, aos 22 anos, venceu, pela primeira vez a Liege-Bastogne-Liege e um Monumento, salvando, de certo modo, a temporada de clássicas da Quick-Step. Com Vlasov apanhado no quilómetro final, foi um grupo ainda numeroso a discutir o pódio, mas a já 48 segundos. O surpreendente Quinten Hermans foi 2º superando Wout van Aert, Daniel Martinez e Sergio Higuita, corredores que fecharam o top-5.

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