Praticamente desde sempre uma clássica amiga dos sprinters, a organização da Brussels Cycling Classic decidiu mudar um pouco o figurino do perfil e, este ano, subidas como os icónicos Kapelmuur e Bosberg faziam parte do novo percurso. A fase inicial viu a tradicional fuga, com ciclistas de equipas sem grandes aspirações à vitória final, com destaque para Dimitri Peyskens, Etienne van Empel e Gianni Marchand.
A corrida manteve-se controlada até aos 83 quilómetros finais, onde Remco Evenepoel testou pela primeira vez as pernas. Isto serviu para, 8 quilómetros depois Victor Campenaerts atacar forte e fazer a grande seleção. Foi mesmo antes do Kapelmuur que isso aconteceu, com o belga a levar a companhia de Remco Evenepoel, Philippe Gilbert, Tosh van der Sande, Aimé de Gendt, Marc Hirschi e Brandon McNulty.
Sem elementos na frente, a Alpecin-Fenix via-se obrigada a perseguir no pelotão, onde trazia Tim Merlier no entanto com tantos corredores de qualidade na frente e com um terreno tão complicado, tornou-se muito complicado para anular a diferença que quando chegou aos 1:30 ficou estável. A 18 quilómetros do fim, Evenepoel e De Gendt deixavam a concorrência para trás e não foi com um ataque mas sim com um engano no percurso dos restantes.
A vitória estava na frente e sentindo isso o jovem da Deceuninck-QuickStep atacou a 11 quilómetros do fim. Evenepoel meteu o seu ritmo e só o apanharam na meta, com este a celebrar a 2ª vitória em 3 dias, após ter vencido a Druivenkoers Overijse. De Gendt foi 2º a 50 segundos e Tosh van der Sande venceu o sprint pelo 3º posto, a 2:14. O pelotão chegou logo a seguir, a 2:16, liderado por Tim Merlier.