Numa etapa com muita montanha pelo meio e um final acessível, Remi Cavagna sentiu que haveria pouca gente interessada em controlar um pelotão que seria obrigatoriamente reduzido pela orografia. A EF Education First teve muito trabalho, numa fase inicial um grupo de 19 elementos ganhou algum avanço, um grupo perigoso com ciclistas como Rohan Dennis. Isso obrigou a equipa do líder a trabalhar muito e na primeira contagem do dia havia pelotão compacto.
Foi nessa altura que saíram Alex Hoehn e Remi Cavagna, o duo rapidamente ganhou 2, 3, 4, 6 minutos já que não representavam qualquer perigo para a geral. A diferença aumentou de tal forma que inibiu ciclistas de tentar fazer a ponte. Sentindo que era o mais forte, Remi Cavagna atacou a 75 kms da meta para nunca mais ser alcançado. O mais surpreendente é que apesar de estar em solitário, a diferença para o pelotão nunca baixou dos 7 minutos.
O francês seguiu para a sua segunda vitória da carreira, a primeira do ano, 28ª para a formação belga e cruzou a meta com mais de 7 minutos sobre Ben King e Simon Geschke, que entretanto tinham saltado do pelotão sem qualquer resposta. O grupo principal foi liderado por Kasper Asgreen a 7:47, com Tejay van Garderen a manter tranquilamente a liderança. João Almeida foi 47º e terminou no grupo principal, Rui Oliveira e José Gonçalves cederam mais de 23 minutos para o vencedor da jornada, sendo 79º e 95º, respectivamente.