Os nossos leitores decidiram e elegeram Ben Healy como a revelação de 2023. Num total de 262 votos (obrigado pela participação), e numa votação bastante disputada, o ciclista irlandês recebeu 129 votos, o que equivaleu a 49%. Felix Gall foi 2º, com 42 votos e Mattias Skjelmose completou o pódio com 364 votos. Ainda hoje, sairá a 4ª sondagem, onde vamos eleger o gregário do ano.

Após os nossos leitores terem dado a sua opinião, é hora das 2 pessoas que colaboram neste projeto também irão deixar o seu ponto de vista fundamentado em relação à sua escolha.

 

 André Esteves – Jonathan Milan

Até agora, esta foi a escolha mais difícil de fazer. Todos os nomes mencionados tiveram grandes temporadas. Ben Healy fez grandes exibições a solo, Felix Gall deu provas de ser um trepador de excelência e Mattias Skjelmose mostrou ser um ciclista muito completo, evidenciando-se nas provas por etapas e nas clássicas acidentadas. Mesmo assim, escolho Jonathan Milan como a revelação da temporada.



Até 2023, e depois de dois anos na Bahrain-Victorious, o possante ciclista tinha apenas dois triunfos na carreira, na discreta CRO Race. Entrou a ganhar no Saudi Tour, depois focou-se nas clássicas onde não esteve em grande destaque, antes de aparecer em grande no Giro d’Itália. Venceu logo na primeira oportunidade, para surpresa de muitos. O seu estilo muito peculiar, com um sprint bastante desengonçado, chamou à atenção e conseguiu mais 4 segundos lugares, o que lhe valeu a classificação por pontos. Muitos destes segundos lugares devem-se ao fraco posicionamento que tem, perde-se muitas vezes do seu comboio, pois fazia recuperações que pareciam impossíveis.

Focou-se nos Mundiais de Pista, onde é um especialista, e voltou a aparecer no Tour of Guangxi, com mais um triunfo impressionante. Somou outro segundo lugar e mais um 3º, fruto de colocações menos boas. Ainda jovem, apenas 23 anos, quando se conseguir posicionar melhor será um sério perigo, veremos como evoluiu na Lidl-Trek que o contratou para as próximas 3 temporadas.

 

João Crespo – Felix Gall

Um ciclista que estava meio “adormecido” e escondido na AG2R e que de repente se tornou numa das figuras de 2023 quando a estrada empinava. Mostrou logo boas indicações no País Basco e no Tour of the Alps, mas foi na Volta a Suíça que se mostrou verdadeiramente. Com uma grande vitória em etapa e um 8º posto na geral, onde pagou bem caro a sua fragilidade em contra-relógios, caindo de 2º para 8º no último dia.



Voltou a ser figura de destaque no Tour, com uma última semana de sonho, à 12ª etapa era 17º e terminou a Volta a França em 8º e também com 1 etapa no bolso. Escolhi-o em detrimento de Skjelmose e Milan porque acho que deu um salto maior comparativamente a estes 2. Foi o meu preferido face a Healy porque considero que neste momento é muito mais complicado destacar-se na alta montanha face do que nas clássicas, não há neste momento assim tantas classicómanos e mesmo os que há como Alaphilippe estão um pouco longe do seu melhor.

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