Os últimos dias têm sido propícios para antigos líderes da Movistar atacarem a forma como a equipa é gerida e depois de Nairo Quintana, foi a vez de Richard Carapaz dar o seu ponto de vista.
O equatoriano que venceu o Giro d’Itália do ano passado foi criticado por Pablo Lastras, diretor desportivo da equipa, por não ser um “ciclista leal”. O agora corredor da Team INEOS deu uma entrevista a Valentí Sanjuan onde se defendeu de todas as críticas de que era acusado, contra-atacando e dando o seu ponto de vista, onde atacou a falta de decisões dos diretores desportivos.
“Viver nessas circunstâncias é muito difícil. É como ter uma faca sobre a tua cabeça e não saber quando vai cair. Havia situações na corrida em que eu e o Mikel (Landa) estávamos na frente e não sabíamos que trabalhava para quem.”
Carapaz mostrou-se, ainda, convicto sobre a decisão tomada em deixar a equipa espanhola e assinar pela Team INEOS. “Não tenho dúvidas sobre como teria sido na Movistar se eu tivesse permanecido como líder. Era a hora certa e não me arrependo de nada. Ganhamos uma Grande Volta. Mesmo se eles me chamam de tudo, não lhes devo nada. Não sinto muito ou triste por ter deixado.”
Mais tarde na entrevista, comparou o método de trabalho das duas equipas onde elogiou, e muito, a forma como tudo é feito na formação britânica, referindo que a “INEOS parece a NASA. Quando cá cheguei, existiram muitas coisas que me surpreenderam e que nunca tinha experimentado.”
Por fim, referiu que a estrutura da equipa lhe disse “vamos adaptar-nos a ti, não és tu que tens que te adaptar a nós” algo que ele referiu que seria impossível na Movistar pois concluiu que “nunca tive a oportunidade de ter um grupo em meu torno, tinha ser de sempre eu a adaptar-me a eles”.