O dia aguardado por muitos chegou! Em plena madrugada em Portugal, começava a prova de estrada de elites masculinos dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Sabendo que as suas hipóteses seriam nulas, vimos uma fuga composta por nações menos conhecidas do mundo de ciclismo. Eduard Grosu, Nic Dlamini, Michael Kurkle, Juraj Sagan, Polychronis Tzortzakis, Orluis Aular, Paul Daumont e Elchin Asadov foram os nomes que marcaram a fuga do dia, que chegou a ter mais de 16 minutos!



Bélgica, Itália e Eslovénia eram as equipas que mais trabalhavam na frente do grupo. No Mount Fuji começou a primeira seleção, com a seleção transalpina a impor um ritmo mais forte, fazendo as primeiras vítimas no pelotão, entre as quais Alejandro Valverde.

Entre o Mount Fuji e Mikuni Pass foram vários os ataques, entre os quais, Remco Evenepoel, Damiano Caruso e Vincenzo Nibali, no entanto o pelotão entrou juntou no Mikuni Pass, onde terminou a aventura da fuga. Tiesj Bennot impôs um ritmo muito forte e tudo isto levou ao ataque de Tadej Pogacar. O esloveno saía com Michael Woods e Brandon McNulty.

Numa subida muito dura, vários corredores foram fazendo a ponte para a frente a ritmo e, no final do Mikuni Pass tínhamos na frente, para além dos 3 já referidos, Wout van Aert, Richard Carapaz, David Gaudu, Adam Yates, Alberto Bettiol, Bauke Mollema, Rigoberto Uran, Jakob Fuglsang, Maximilian Schachmann e Michal Kwiatkowski.



A 25 quilómetros do fim, na derradeira ascensão do dia, o Kagosaka Pass, Richard Carapaz e Brandon McNulty aproveitavam a desorganização no grupo dianteiro para atacar e, rapidamente, ganharem uma vantagem considerável, chegando a ter 45 segundos de avanço.

A colaboração no grupo perseguidor não era muita, Wout van Aert fazia a maioria do trabalho e, mesmo sozinho, conseguia reduzir a diferença para o duo da frente. Vendo o grupo a aproximar-se, Carapaz atacava no último pequeno topo a 6 quilómetros do fim, deixando para trás McNulty. Atrás, Woods, Gaudu e Van Aert tentavam um último esforço mas já era tarde.



Richard Carapaz entrava no circuito de Fuji em solitário e pedalava para um dia histórico para a sua carreira e para o desporto do Equador! O ciclista sul-americano deixou tudo na estrada até ao último metro e só aí festejou o título olímpico, sucedendo a Greg van Avermaet. A 1:07 tivémos a discussão pela prata, com Wout van Aert a ganhar um renhido sprint à frente de Tadej Pogacar. A 3:38 João Almeida sprintava para o 13º, o 3º melhor registo de sempre para o ciclismo nacional em Jogos Olímpicos, e, alguns minutos depois, chegava Nelson Oliveira, em 41º.

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