Os rumores existiam, mas parecia mentira. Como assim a Team Ineos ia contratar mais um líder para se juntar a Chris Froome, Geraint Thomas e Egan Bernal? Não esquecendo que ainda existe Ivan Sosa à espreita de mais e melhores oportunidades. Finalmente, na tarde de ontem, a equipa britânica confirmou a chegada do equatoriano Richard Carapaz, que está de saída da Movistar, equipa que representou durante quase toda a sua carreira mas de onde sai com poucos ou mesmo nenhuns amigos.
Vencedor do Giro deste ano, o sul-americano começou a despontar em 2017, nas provas do calendário espanhol. O ano passado serviu de trampolim, onde venceu as Vuelta as Astúrias e foi 4º no Giro, onde venceu uma etapa. Este ano, como já referido, triunfo na “Corsa Rosa“, venceu duas etapas e, novamente, a Vuelta as Astúrias. Tudo parecia encaminhado para ir fazer a Vuelta, tendo preparado essa competição em Burgos, onde foi 3º, mas uma queda num critério deixou Carapaz de fora.
Nesta altura já era sabido que o equatoriano não iria renovar com a Movistar mas as relações entre Carapaz e o seu agente e Eusebio Unzué pioraram, já que este foi ao critério sem autorização da equipa, tendo aí caído. Uma lesão que afinal não foi tão grave, já que Carapaz esteve presente em Plouay no passado domingo. Talvez, sabendo que estava de saída, Unzué decidiu castigar, ainda mais, o ciclista de 26 anos.
O verniz estalou e Carapaz abandonou o barco. Não é o primeiro líder a fazê-lo, Quintana também já foi embora e já está confirmado na Arkea-Samsic. Mais um líder de 3 semanas que chega à Team INEOS, com Richard Carapaz a juntar-se a Chris Froome, Egan Bernal e Geraint Thomas. Uma equipa de luxo que se pode dividir em várias frentes e tem, também, a possibilidade de levar dois grandes líderes à mesma Grande Volta. Resta saber onde vai encaixar o equatoriano, acreditamos que no Giro, onde vai tentar defender o seu título, e na Vuelta, pelo menos em 2020, na sua estreia na equipa de Dave Brailsford.