Geralmente, aos 37 anos, os ciclistas profissionais ou já estão retirados ou estão a pensar na reforma. Até nisso Rui Costa é um corredor diferente. Ao longo dos últimos dias, o português foi, talvez, a grande figura do mercado, mais um indicador da sua qualidade e longevidade. Só para se ter uma noção, na recente Japan Cup que o ciclista luso ganhou, foi o único do top 10 acima dos 32 anos.

Durante as últimas semanas, os rumores não só se foram adensando, foram-se acumulando. Primeiro saiu a notícia de que a continuidade na Intermarche-Circus-Wanty estava em dúvida, a equipa está com alguns problemas financeiros devido à diminuição da contribuição da Circus no orçamento. Ainda havia negociações, mas a renovação estava em sério risco. O valor de mercado de Rui Costa também tinha aumentado em 2023, devido aos bons resultados.



O saldo final foram 5 vitórias (Trofeo Calvia, 1 etapa e geral da Volta à Comunidade Valenciana, a 15ª etapa da Vuelta e a Japan Cup), às quais se soma o 2º posto da Faun Drome Classic, o 4º lugar na Strade Bianche e o 8º posto na Clássica San Sebastian. Foi o elemento da Intermarche com mais vitórias em 2023, somou mais de 1600 pontos para o UCI World Ranking, terminando a época no top 40 desse ranking individual.

A saída ficou certa no início da semana passada. O agente de Rui Costa, João Correia, confirmou ao jornal “O Jogo”, que apesar do português querer continuar na equipa, as negociações falharam. O novo contrato já estava assinado, restava saber qual era a equipa, tendo sido dada a garantia que era uma formação do World Tour. Falou-se na Movistar, na Cofidis, na Quick Step, tudo estruturas onde continuaria a ter liberdade para atacar e seguir os seus objetivos.

O pano começou a ser desvendado quando a imprensa dinamarquesa especializada revelou que Rui Costa seria reforço da EF Education-Easy Post, formação norte-americana chefiada por Jonathan Vaughters. Este era um rumor com base nas boas fontes dinamarquesas da equipa e, mais tarde, também o jornalista Daniel Benson, que tem acertado em muitas transferências, referiu o mesmo.



Agora é oficial. Rui Costa é reforço da EF Education-Easy Post para 2024, continuando a competir ao mais alto nível no World Tour. É o 26º elemento do plantel para o próximo ano, será o mais veterano num elenco onde 10 ciclistas têm menos de 25 anos, a sua experiência e conhecimento serão preponderantes. Em termos de mentalidade, é uma formação semelhante à Intermarche-Circus-Wanty, gosta de atacar, gosta de caçar etapas. É verdade que tem ciclistas como Hugh Carthy, Richard Carapaz ou Neilson Powless, mas o português deverá ter um calendário semelhante ao de 2023, longe de pertencer a blocos a pensar na geral das Grandes Voltas.Rui Costa procura continuar bom momento na EF Education-Easy Post

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