Nos últimos anos as equipas portuguesas têm feito uma aposta em corredores russos que por motivos diversos não têm lugar nas equipas do seu país, tendo todos eles passado por equipas Profissionais Continentais. Primeiro Egor Silin e Yuri Trofimov, e mais recentemente Sergey Shilov no Aviludo-Louletano. Desta vez foi a Efapel a recrutar Alexander Evtushenko, que já correu com sucesso em estradas portuguesas.
Evtushenko desde cedo se demonstrou como bom contra-relogista, campeão nacional sub-23, com bons resultados na pista e medalhado nos Europeus. Na Gazprom-Rusvelo, em 2015 e 2016, nunca demonstrou a sua valia, mas foi na Lokosphinx em 2017 e 2018 que surpreendeu. Ganhou a 1ª etapa do G.P. Beiras e Serra da Estrela, finalizando depois em 2º da geral atrás de Jesus del Pino, tendo já anteriormente vencido a 1ª jornada da Vuelta a Castilla y Leon, também num ataque de longe. Nesse ano ainda foi 30º nos Mundiais.
Depois em 2018 foi campeão europeu na pista e na estrada ganhou a classificação da montanha na Volta ao Alentejo, foi 8º na Klasika Amorebieta e 2º numa jornada da Vuelta Asturias. Em 2019 passou para a Gazprom-Rusvelo, ainda competiu muito sem resultados e depois focou-se na pista e em 2020 representou a Spor Toto, uma equipa Continental turca.
Aos 27 anos são evidentes as suas qualidades do contra-relógio, sendo também competente na montanha. Com muitos trepadores talentosos e jovens inexperientes, muito possivelmente serão Rafael Reis e Alexander Evtushenko a “segurar as pontas” e serão eles os encarregues de trabalhar mais e fazer perseguições complicadas.