Hoje foi um dia de loucos no Giro, logo de manhã surgiu a notícia de casos positivos a COVID- 19 na Jumbo-Visma e na Team Sunweb, com Steven Kruijswijk e Michael Matthews os visados. A Jumbo-Visma retirou a equipa de competição, a Team Sunweb não. A Mitchelton-Scott imitou a formação holandesa devido a 4 casos positivos de COVID-19 no staff, depois de Simon Yates.




Passando para a etapa propriamente dita, o perfil era bastante ondulado e isso convidou a muitos ataques. Numa colina já passado alguns quilómetros destacaram-se Peter Sagan, Filippo Ganna, Ben Swift, Dario Cataldo, Davide Villella, Jhonatan Restrepo e Simon Clarke, acompanhados por mais alguns ciclistas, mas apenas estes resistiram à forte perseguição da Groupama-FDJ por causa da classificação por pontos.

A equipa francesa abdicou a certo ponto e depois foi a UAE Team Emirates a tomar controlo do pelotão, para tentar a vitória em etapa com Diego Ulissi. A diferença baixou dos 4:40 para os 2 minutos a 40 kms da meta, altura em que as equipas da geral pegaram na corrida, nomeadamente a NTT, para Domenico Pozzovivo.




O grupo dianteiro foi-se desfazendo e o pelotão perdendo unidades, inclusivamente Harm Vanhoucke mostrou debilidades. Peter Sagan e Ben Swift mostraram-se os mais fortes na frente, enquanto Pello Bilbao atacava no grupo principal, conseguindo alguma vantagem devido à hesitação em perseguir. Bilbao apanhou e descarregou Villella e a 13 kms da meta chegou-se à frente, momento em que Sagan acelerou.

No grupo principal ia havendo reacção, primeiro Wilco Kelderman e depois Domenico Pozzovivo (que tinha avariado e recuperado) atacaram, sempre com João Almeida muito atento. O azar tocou a Jakob Fuglsang, que avariou na descida para a meta, perdendo muito tempo. Sagan cruzou a 4ª categoria com alguns segundos sobre Pello Bilbao e lançou-se pela descida molhada, como poucos conseguem.




O grupo dos favoritos alcançou Pello Bilbao a 4 kms da meta e pouco depois saiu Brandon McNulty, que saiu na perseguição do eslovaco. Sagan entrou no quilómetro final com 20 segundos de avanço, suficiente para festejar o regresso aos triunfos no final de uma bela sinfonia de ciclismo. McNulty ainda foi 2º, com um impressionante João Almeida a ganhar o sprint pelo 3º posto, somando assim mais 4 segundos de bonificação.

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