French rider Romain Bardet crosses the finish line of the third stage of the 106th edition of the Tour de France cycling race between Binche and Epernay, in Epernay on July 8, 2019. (Photo by Anne-Christine POUJOULAT / AFP)

A sondagem mais renhida, até agora, com a vitória a sorrir a Romain Bardet. Certamente o francês preferiria não ganhar esta votação já que foi eleito a Desilusão do ano, após uma temporada de 2019 para esquecer. O corredor da AG2R La Mondiale somou 101 votos deixando Simon Yates em 2º e Richie Porte em 3º.

Todos sabemos da qualidade de Romain Bardet e, em 2019, viu-se um corredor abaixo do normal. É certo que o gaulês não é um ganhador mas não vencer uma prova ao longo da temporada demonstra o fracasso que foi. Um ciclista que já venceu etapas no Tour e por duas vezes já terminou no pódio, bem como pódio noutras provas do World Tour nem perto disso andar este ano só se pode dizer que foi uma temporada terrível.



O ano até começou dentro das expectativas, fazendo as provas de início de temporada do calendário francês onde foi 2º no Tour du Haut Var, 4º na Classic de l’Ardeche, 5º no Paris-Nice e 7º na Drome Classic. Bastante regular, como sempre. Só que a partir daí tudo mudou.

Abandonou na Catalunha, salvou as Ardenas com um 9º posto na Amstel Gold Race e, no regresso à competição, em Junho, foi apenas 10º no Criterium du Dauphine. Se havia expectativas para o Tour, estas começavam a diminuir. E foram por água abaixo logo na primeira chegada em alto na La Planche de Belles Filles, onde foi o maior derrotado.

A partir daí, focou-se em vencer etapas mas também não o conseguiu. Teve um prémio de consolo, ao vencer a classificação da montanha, algo que conseguiu sem triunfar numa única contagem de montanha da Volta a França. Algo impensável e que foi conseguido com muita sorte.



Não mais correu desde o dia 28 de Julho, fazendo uma pausa, não pegando na bicicleta durante 3 semanas, tentando refrescar as ideias. Nesta parte da temporada irá fazer algumas provas de ciclocrosse para, segundo o próprio, “recuperar alguma da explosão”, uma das principais lacunas de Bardet esta temporada pois nunca conseguiu seguir os seus rivais quando atacavam.

2020 vai arrancar na Austrália, com a participação no Tour Down Under. Bardet já disse que ainda está a ponderar ir ao Giro d’Itália mas o Tour de France deve continuar a ser o seu grande objetivo, seguindo-se os Jogos Olímpicos, prova que ele já fez o reconhecimento, na companhia de Chris Froome, Michal Kwiatkowski e Jakob Fuglsang. Para o final da temporada, deverá apontar forte para os Mundiais na Suíça, uma competição que se adapta às suas características. Relembrar que, no ano passado, foi 2º em Innsbruck.



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