A última etapa da Volta ao Algarve é sempre alvo de ciclismo de ataque e 2022 não foi excepção. Início muito rápido, a alta velocidade, fazendo com que a fuga apenas e formasse depois da subida à Picota, já com mais de 40 quilómetros percorridos. Fuga bastante numerosa, como também é tradição neste dia, com Tom Pidcock, Ivo Oliveira, João Matias, Dries de Bondt, Georg Zimmermann, José Neves, César Fonte, Rafael Reis e Yves Lampaert.



Com a aproximar da primeira passagem pelo Malhão, a fuga foi-se partindo, e viu o pelotão aproximar-se, mesmo sem uma perseguição muito feroz da Quick-Step. De Bondt e Zimmermann eram os mais fortes da escapada, entrando na frente na primeira passagem na subida. Foi aí que a corrida explodiu, com dois ataques de Daniel Martinez a rebentarem com o pelotão, deixando menos de 20 ciclistas na frente de corrida, mas onde estavam os grandes candidatos à vitória final.

Jumbo-Visma e Quick-Step foram controlando o grupo até à subida final, Vervaeke foi o último a trabalhar, deixando Evenepoel na frente a 1400 metros do fim. O belga fez uma pequena aceleração que reduziu o grupo a Martinez, Higuita, Gaudu e McNulty. Foi o camisola amarela a impor o ritmo, com os ataques a aparecerem nos derradeiros 300 metros.



McNulty foi o primeiro a atacar, tendo resposta de todos menos de Evenepoel, que ficava para trás. Martinez e Higuita eram os mais rápidos, entravam lado-a-lado na curta reta da meta e, com um sprint mais forte, o campeão nacional colombiano derrotava o seu compatriota. McNulty foi 3º, Gaudu 4º e, a 9 segundos, chegou Remco Evenepoel. Frederico Figueiredo foi o melhor português do dia, em 8º.

A edição 48 da Volta ao Algarve é ganha por Remco Evenepoel, com o belga a ser acompanhado no pódio por Brandon McNulty e Daniel Martinez. Fabio Jakobsen venceu os pontos e João Matias foi o rei dos trepadores.



Foto: FPC

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