Um dia de muito ciclismo, com uma prova importante também em Espanha, com a 42.ª edição da clássica Vuelta Ciclista a la Region de Murcia, anteriormente era uma competição de dois dias, chegando a ser de seis dias. Os corredores teriam de percorrer 183,2 quilómetros, com três contagens de montanha, uma de categoria extra, a meio da etapa, e duas de terceira, com a última a ser ultrapassada já dentro dos últimos 20 quilómetros. O corredor António Soto, da Euskaltel-Euskadi era o último vencedor da prova.

 



Um dia movimentado, com vários ciclistas espanhóis a tentarem partir para a fuga, mas apenas dois ficaram na frente, Xabier Azparren e Asier Etxeberria, ambos da Euskaltel-Euskadi. O duo entendia-se bem na frente e ganhava uma vantagem de 4m05s para o grupo principal. Os corredores da dianteira passavam na frente, pela contagem de categoria extra do dia, ao Collado Bermejo Cima Marco Pantani, uma homenagem ao grande corredor italiano, vencedor da edição de 1999.

A UAE Team Emirates estava determinada a apanhar a fuga e acelerou no pelotão, retiraram muito tempo rapidamente e alcançaram a fuga a 63 quilómetros da meta. A intenção da Emirates era clara, visto que os homens da fuga mal tinham sido integrados, e já Mcnulty atacava. Passava a formar-se um grupo na frente, com Mcnulty, Nils Politt, Kobe Goossens e Warren Barguil.



O quarteto ganhava uma vantagem interessante, conquistavam 1m30s face ao pelotão, a 45 km do final. As equipas Cofidis e Astana assumiam as despesas na perseguição. Dentro da subida final, a 23 quilómetros da meta, os escapados sentiam a mossa nas pernas e a fuga desfazia-se. Mcnulty preparava-se para mais uma jornada a solo, deixando o seu último colega, Barguil, para trás.

Miguel Ángel López procurava chegar-se à frente e saía do pelotão, com Thibault Guernalec, Jesús Herrada e Matteo Trentin na roda. No primeiro dia de competição desta época, o colombiano queria a vitória, no seu regresso à Astana, mas foi sol de pouca dura. O grupo perseguidor seguia na busca por Mcnulty, com trinta segundos de atraso, após a passagem no alto da última grande dificuldade do dia.



A vantagem foi caindo, o segundo grupo alcançava o ciclista da UAE Team Emirates, mas lançava-se outra “seta” da mesma equipa, desta feita era Alessandro Covi. O ciclista italiano impôs um ritmo forte, dentro dos últimos quatro quilómetros, e seguiu isolado até à meta, com o pelotão a tentar alcançá-lo, mas a ser ineficaz. Estava consumada a primeira vitória como profissional para o jovem Covi, de quem se espera um futuro risonho. Houve sprint para ocupar as restantes posições, com Matteo Trentin a fazer o bis, assegurando-se que a vitória ficava para a equipa dos Emirados. O francês Matis Louvel, da Arkéa-Samsic, fechava na terceira posição. Um autêntico show da equipa liderada por Joxean Matxin. Amanhã há mais ciclismo em Espanha, a Clássica de Almeria, com chegada a Roquetas de Mar.

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