Depois de Vincenzo Nibali, Ilnur Zakarin, Miguel Angel Lopez e Tom Dumoulin, há mais um nome confirmado no Giro 2019, trata-se de Simon Yates. A prova italiana perfila-se cada vez mais como um objectivo para alguns dos principais ciclistas, com o percurso atractivo a convencer muitos corredores.
Simon Yates partiu para a 18ª etapa com quase 1 minuto de vantagem sobre Tom Dumoulin, após 17 etapas praticamente perfeitas por parte do britânico e da Mitchelton-Scott. Só que o enorme esforço para ganhar margem sobre Chris Froome e Tom Dumoulin pagou factura. Na 19ª etapa, completamente sem forças, Yates quebrou face ao ataque de Froome e da Team Sky e caiu de 1º para 18º, acabando posteriormente o Giro em 21º.
Meses mais tarde, na Vuelta, mostrou que aprendeu com os erros, geriu muito bem as energias e acabou por ser o claro vencedor da última competição de 3 semanas do ano. Só que a camisola rosa ficou na cabeça de Simon Yates, que irá tentar terminar o Giro com ela em 2019. “Estou ansioso por voltar ao Giro este ano. É uma corrida da qual tenho grandes recordações este ano, mas também me deixou um sabor amargo na boca, portanto quero voltar e tentar acabar o trabalho. O Giro é sempre uma corrida extremamente difícil e no próximo ano, com 3 contra relógios individuais, talvez não seja o percurso perfeito para mim, mas vamos dar tudo e ver o que conseguimos alcançar”, disse Simon Yates no comunicado da Mitchelton-Scott.
A decisão foi, obviamente, coordenada e falada com os responsáveis da equipa. Matthew White acha o percurso razoável para as características de Simon Yates, que progrediu imenso no contra-relógio, e os esforços individuais do Giro têm alguma montanha, que dá para minimizar perdas face aos especialistas. Simon Yates perfila-se naturalmente como um dos grandes candidatos à vitória e levará com ele uma equipa com bons trepadores, onde se destaca o basco Mikel Nieve.
Dependendo da conjuntura, poderemos ver mais um Giro verdadeiramente espectacular. Vários ciclistas de alto nível têm aqui um grande objectivo, e se tudo correr como esperado, Tom Dumoulin partirá teoricamente com um avanço face aos restantes tendo em conta os contra-relógios. Ou seja, é de esperar muito ataque na montanha para conseguir recuperar esse tempo, algo que é sempre agradável à vista.