Dia para o segundo Monumento da temporada, a Ronde van Vlaanderen! Muita luta pela presença na fuga que, inclusive, levou à desqualificação de Otto Vergaerde e Yevgeniy Fedorov devido a “condução perigosa”. Logo depois houve alguma acalmia e Stefan Bisseger, Nico Denz, Hugo Houle, Jelle Wallays, Mathias Norsgaard, Mathijs Paasschens e Fabio van den Bossche.



O bluff no pelotão foi muito, ninguém queria passar pela frente e a fuga chegou aos 12 minutos de vantagem. Só com mais de 100 quilómetros percorridos é que a Deceuninck-QuickStep e a Jumbo-Visma decidiram iniciar o seu trabalho. Aos poucos o ritmo foi aumentando, e foi no Molenberg que a QuickStep fez um primeiro teste com Kasper Asgreen a forçar o ritmo.

Isto espevitou o pelotão e sucederam-se bastantes ataques no entanto ninguém conseguiu ganhar uma verdadeira vantagem. A 65 quilómetros do fim, uma grande queda no pelotão atrasava Kasper Asgreen, Julian Alaphilippe, Florian Senechal, Alexander Kristoff, Michael Matthews, Oliver Naesen, entre outros. O pelotão desacelerou um pouco, permitindo a reentrar de todos estes nomes antes da segunda passagem pelo Oude Kwaremont.

Os ataques entre os favoritos apareceram, inevitavelmente, na subida, com Lampaert a preparar terreno para os seus companheiros. Após a subida destacaram-se momentaneamente Mathieu van der Poel e Kasper Asgreen, com Wout van Aert a fazer a junção antes do Paterberg. Na fuga, com 1:10 de vantagem restava apenas Stefan Bisseger.



No Paterberg, Asgreen e Van der Poel voltaram a distanciar-se, mostrando estar bastante fortes com Van Aert a ver-se obrigado a fechar o espaço. Logo de seguida, voltavam os ataques com Senechal, Alaphilippe, Pidcock, Wellens, Teuns e Laporte a fazerem a ponte para a frente. No Koppenberg a história da corrida voltou a mudar, com Alaphilippe a chegar a Bisseger. Na curta descida que se seguiu nomes como Van der Poel, Van Aert, Wellens, Pidcock, Turgis e Laporte conseguia chegar à frente.

Logo de seguida apareceu o Taaienberg e o grupo partiu-se ainda mais, com Van der Poel, Van Aert, Asgreen, Alaphilippe e Teuns a saltarem para a frente onde estava Marco Haller que tinha atacado na fase de plano. No Kruisberg, Turgis fez a ponte para a frente, fechando um espaço de 10 segundos.



Em nova fase de indefinição, Asgreen aproveitou uma inclinação na estrada para desfazer, ainda mais, o grupo da frente, levando consigo, somente Van der Poel e Van Aert. Este trio entrou nos 20 quilómetros finai,s e na última passagem por Oude Kwaremont, com 30 segundos para o grupo perseguidor que estava mais composto por dois grupos tinham-se unido na perseguição.

Foi já no final desta importante subida que Mathieu van der Poel arrancou que nem uma flecha, colocando em dificuldades os seus dois rivais. Asgreen não cedeu muito e conseguiu colar já depois da subida, ao contrário de Van Aert. O duo não se atacou no Paterberg, aumentando a vantagem tanto para Van Aert (20 segundos), como para o grupo perseguidor (30 segundos).



Em quebra, Van Aert foi apanhado pelo grupo perseguidor do qual saíram Jasper Stuyven e Greg van Avermaet a menos de 5 quilómetros para o fim. A vitória estava na frente e foi Mathieu van der Poel a fazer todo o quilómetro final na frente, com o sprint a ser lançado a 250 metros. Mal se lançou o sprint Asgreen colocou-se ao do campeão holandês e, nos 75 metros finais aconteceu o impensável, com Van der Poel a pregado ao chão e Asgreen a conquistar o triunfo! Avermaet sprintou para o 3º posto à frente de Stuyven com Vanmarcke a ser o melhor do grupo perseguidor, em 5º. Nota para Asgreen que se torna o 9º ciclista a vencer E3 Saxo Bank Classic e Tour de Flandres no mesmo ano.

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