A preparação para o primeiro Monumento da temporada continua a todo o gás e, hoje, foi dia para a Milano-Torino, a clássica mais antiga do pelotão. Outrora colocada no Outono e com final na Basílica de Superga, foi, recentemente reposicionada antes da Milano-Sanremo, primeiro como uma clássica para os sprinters e este ano, com um percurso mais duro. Duas colinas na parte final, para dificultar a vida dos sprinters e perfeita para os puncheurs. Fuga composta por Marcel Camprubi, Matteo Vercher e Marco Murgano, com UAE Team Emirates, BORA-hansgrohe e Astana Qazaqstan a não darem qualquer chance deste trio sonhar com o triunfo.
37 quilómetros para o fim, mesmo antes das dificuldades do dia, e pelotão compacto. A subida de Prascorsano foi fatal para mais de metade do pelotão, a UAE Team Emirates endureceu muito a corrida mas o ataque surgiu por parte de Alberto Bettiol. 30 quilómetros para a chegada e o italiano tentava a sua sorte e, com a rápida descida que se seguiu, conseguiu ter 40 segundos de vantagem. Com 5 ciclistas no grupo perseguidor, a BORA-hansgrohe organizou-se na perseguição mas foi um ataque de Gianluca Brambilla a reduzir a diferença.
Apesar de tudo, Bettiol passou no topo do Colleretto Castelnuovo com 20 segundos de vantagem e aproveitou a descida para não perder muito tempo. Parecia que o italiano da EF Education iria er alcançado, o trabalho da BORA-hansgrohe fez reduzir a diferença para 6 segundos a apenas 4 quilómetros do fim. Existiram momentos de hesitação, surgiram vários ataques no grupo perseguidor, só que ao contrário deste grupo, Bettiol teve sempre o seu ritmo certo.
Isso foi decisivo para, no final, o italiano celebrar a merecida vitória, depois de um solo de 30 quilómetros. A UAE Team Emirates pouco ou nada trabalhou no grupo perseguidor e pagou bem caro no final. Jan Christen atacou para ser 2º, a 7 segundos, e 2 segundos depois Marc Hirschi e Diego Ulissi foram os primeiros do grupo, em 3º e 4º respetivamente.