Mais uma maratona na Volta a Itália, um dia que se iniciou a todo o gás já sem a presença de Filippo Ganna que abandonou depois de ter testado positivo à COVID-19. Os primeiros quilómetros eram bastante duros e isso proporcionou muitos ataques, o que levou o pelotão a partir-se em vários grupos. Ben Healy, Carlos Verona, Derek Gee e Valentin Paret-Peintre atacaram bastante cedo e conseguiram distanciar-se do grande grupo que, durante muito tempo, não deu muita vantagem a este quarteto.



Numa certa altura, até Andreas Leknessund e Remco Evenepoel tentavam estar na frente, o ritmo seguia louco, e só depois de algum tempo é que o pelotão deu liberdade a mais ciclistas para saírem. Após ataques e contra-ataques, e já com mais de 70 quilómetros percorridos, Filippo Zanna, Davide Bais, François Bidard, Samuele Battistella, Alessandro Tonelli, Warren Barguil, Toms Skujins, Oscar Riesebeek e Alessandro Iacchi conseguiram formar um grupo perseguidor que, mais tarde, se juntava ao grupo da frente.

Estava formada a fuga do dia, a Team DSM estava satisfeita com os ciclistas que tinha deixado escapar e rapidamente este grupo chegou aos 5 minutos de vantagem, diferença que se manteve estável durante muitos e muitos quilómetros. A 52 quilómetros do fim, iniciava-se I Capuccini e fizeram-se logo diferenças importantes na fuga. Healy atacou forte, ninguém o conseguiu seguir e na primeira passagem pela meta, já tinha 1 minuto de vantagem para os perseguidores.



O irlandês continuou o seu solo épico, na subida seguinte continuou a alargar a diferença que, no topo do Monte delle Cesane era de 1:45 para os perseguidores e 5:25 para o pelotão, comandado por INEOS Grenadiers e Jumbo-Visma. Os quilómetros foram passando mas ninguém se conseguiu aproximar do ciclista da EF Education que voltou a passar por I Capuccini e a alargar a diferença, passando no topo com 2:15 para os perseguidores.

No final, depois de 50 quilómetros em solitário, Healy celebrava o triunfo, o primeiro da carreira em Grandes Voltas. A quase 2 minutos, Derek Gee venceu o sprint pelo 2º lugar, à frente de Filippo Zana e Warren Barguil.

Já n pelotão, a corrida animou com a aproximação a I Capuccini, a BORA-hansgrohe entrou a todo o gás mas foi Primoz Roglic quem desferiu o ataque. O esloveno teve a companhia momentânea de Andreas Leknessund e Lennard Kamna mas rapidamente ficou sozinho. Remco Evenepoel tentou fazer a ponte, não conseguiu e foi ultrapassado por Tao Hart e Geraint Thomas que, mesmo no topo da subida, juntavam-se a Roglic.



Roglic liderou o grupo durante toda a descida, teve alguma ajuda no final e, contas feitas, o esloveno, Hart e Thomas ganharam 14 segundos a Evenepoel, João Almeida, Damiano Caruso, Jack Haig e Jay Vine. Hugh Carthy perdeu 24 segundos, ao passo que Aleksandr Vlasov, Lennard Kamna e Leknessund cederam 34 segundos. Com estas diferenças, Leknessund mantém a camisola rosa, agora com 8 segundos de vantagem para Evenepoel e 38 para Roglic. João Almeida segue em 4º, a 40 segundos.

By admin