Dia de Eschborn-Frankfurt, uma clássica que tem perdido um pouco de importância no calendário internacional, mas que mesmo assim conseguiu reunir um lote muito interessante de sprinters. Este ano a organização decidiu endurecer um pouco mais o percurso, com mais uma subida no traçado para tentar apimentar o desenrolar dos acontecimentos.

A fuga não teve grandes trepadores, até pelo contrário, incluiu alguns sprinters que tinham a esperança de, desta forma, sobreviver às subidas, nomes como Jens Reynders, Matteo Moschetti ou Max Walscheid, acompanhados por Felipe Orts, Sergio Tu e Ceriel Desal. Apesar dos mais de 7 minutos que chegaram a ter de avanço, nunca representaram um grande perigo, assim que o pelotão acelerou diminuiu esta diferença para 3 minutos e mais tarde, na segunda passagem pelo Feldberg a corrida mudou drasticamente.

A Jayco-ALULA fez as primeiras diferenças e posteriormente a Israel-Premier Tech também ajudou e após a subida ficaram somente 40 ciclistas no primeiro grupo, perseguidos a 1 minuto por um segundo grupo também composto por cerca de 40/50 elementos. No primeiro grupo apenas a Jayco trabalhava porque tinha Michael Matthews com mais 3 colegas de equipa, enquanto nos perseguidores ajudavam Cofidis (para Consonni), Lotto-Dstny (para Arnaud de Lie) e Uno-x (para Kristoff).




O esforço conjunto suplantou o trabalho da formação australiana e a 50 kms da meta havia novamente a situação de pelotão compacto, o que causou um abrandamento do ritmo. Tal foi aproveitado por Marcin Marcellusi para atacar e ganhar algum espaço antes da decisiva ascensão de Mammolshain, uma subida bem mais curta, mas muito inclinada. Os melhores escaladores do grupo principal aceleraram e deixaram em apuros os sprinters, saiu de lá um grupo com o sobrevivente Marcellusi, Ben Hermans, Stephen Williams, Marc Hirschi, Soren Kragh Andersen, Patrick Konrad, Georg Steinhauser, Lorenzo Rota, Georg Zimmermann e Alessandro Fedeli.

Este grupo de luxo era perseguido por outro de igual tamanho onde vinha Michael Matthews e 2 colegas de equipas, mas repleto de colegas de ciclistas que estavam na frente e que por isso não ajudavam. Viriam a ser absorvidos pelo grupo maior onde, tal como antes, vinham Lotto e Cofidis a colocar toda a lenha na fogueira e ficou um mano a mano entre fugitivos e pelotão, com uma diferença de 25 segundos a 5 kms da meta. O grupo principal abdicou e a vitória estava na frente, Zimmermann tentou a sua sorte, anulado por Hirschi e tudo se decidiu ao sprint com Soren Kragh Andersen a liderar o grupo de forma corajosa. O dinamarquês liderou o sprint de início ao fim, ninguém sequer conseguiu colocar-se ao lado e triunfou diante de Patrick Konrad e de Alessandro Fedeli. Arnaud de Lie foi o mais forte na luta pelo 11º posto.

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