Seguiu hoje para a estrada em Wollongong o evento de contra-relógio misto, uma espécie de estafeta onde competem 3 homens e depois 3 mulheres, sendo contabilizado o tempo agregado de ambos os trios. Foi a 3ª edição deste evento, em 2019 ganhou a Holanda e em 2021 a despedida de Tony Martin correu de feição para a Alemanha, só que os germânicos não se apresentavam tão fortes como no ano passado.
Com os homens a partirem primeiro foi o trio suíço composto por Stefan Kung, Stefan Bissegger e Mauro Schmid a dar vantagem à selecção helvética com um tempo de 15:50, menos 10 segundos que a Itália, formada por Filippo Ganna, Edoardo Affini e Matteo Sobrero. Esta seria a luta pela medalha de ouro entre os respectivos trios femininos, enquanto que a luta pelo bronze estava ao rubro. Na passagem de testemunho era a Dinamarca que estava com o 3º posto, seguido da França e da Austrália, a Holanda estava muito atrasada porque Bauke Mollema teve um problema mecânico logo ao início, mas mantinha esperanças de recuperar com o fortíssimo trio de mulheres.
Só que o dia para os neerlandeses passou de mau a pior, quando Annemiek van Vleuten caiu de forma aparatosa logo a seguir à rampa de lançamento e deixou Ellen van Dijk e Riejanne Markus sozinhas. Mesmo assim, recuperaram do 7º para o 5º posto no percurso final. A grande luta no lado feminino foi entre a Suíça (Marlen Reusser, Elise Chabbey e Nicole Koller) e a Itália (Elisa Longo Borghini, Elena Cecchini e Vittoria Guazzini). As transalpinas recuperaram de 10 para 3 segundos até ao ponto intermédio, mas depois as helvéticas conseguiram controlar a perda e mantiveram a diferença para asseguraram esta medalha de ouro à frente da Itália, que também apostava tudo aqui.
A medalha de bronze ficou para a Austrãlia graças a um bom equilíbrio e um excelente percurso feminino, já que na passagem de testemunho apenas estavam no 5º posto, mas Georgia Baker, Alexandra Manly e Sarah Roy ultrapassaram uma desequilibrada selecção francesa e a Dinamarca, que cedo perdeu 1 elemento, para jogar em força o factor casa e aproveitar o desastre holandês. A Alemanha foi 4ª, a Bélgica apenas 8ª e a Espanha fechou o top 10, ficando ainda a nota positiva para a participação de alguns países pouco habituais como a Samoa, Tahiti ou Nova Caledónia e a exibição positiva do Centro Mundial de Ciclismo.