O ciclismo continua na região de Emilia-Romagna, em Itália e, após as provas de contra-relógio, tempo para as provas de estrada. Tal como aconteceu nos esforços individuais, foram as senhoras a abrir as hostilidades.
Depois de duas voltas feitas a ritmo, sem que os ataques acontecessem, foi preciso esperar pelas últimas 3 voltas para se verem movimentações. A 85 quilómetros do fim, saíram do pelotão Amy Pieters, Hannah Barnes, Alice Barnes, Juliette Labous, Katia Ragusa, Christine Majeurs, Grace Brown, Alisson Jackson e Susanne Andersen, a quem mais tarde se juntava Eugenia Bujak e Mavi Garcia.
Este grupo chegou a ter mais de 2 minutos de vantagem no entanto a preocupação no pelotão não era muita pois, quando o entenderam, a Holanda assumiu o grupo, impôs um ritmo forte e dinamitou a corrida, alcançando a fuga a 43 quilómetros do fim, mesmo a tempo da última subida da penúltima volta.
Marianne Vos abriu caminho para Annemiek van Vleuten acelerar. O ritmo da campeão do Mundo do ano passado deixou na sua roda, somente, Cecilie Ludwig, Elisa Longo Borghini e Anna van der Breggen. O contra-ataque surgiu por parte da sua compatriota Breggen que partia em solitário a 41 quilómetros da chegada.
A recém-coroada campeão do mundo de contra-relógio arrancou em solitário e em nova passagem pela meta passava já com 1:30 de vantagem para o grupo perseguidor que, entretanto, era apanhado pelo pelotão. A diferença cresceu até aos 2:30 e só começou a diminuir a 12 quilómetros do fim quando Longo Borghini atacou. Ludwig seguiu mas não aguentou o ritmo, começando a ceder. Ao seu ritmo, Vleuten fez a ponte para a italiana.
A diferença caiu um pouco mas já era tarde. Anna van der Breggen fez uma última hora de corrida irrepreensível, geriu muito bem o seu esforço e chegava com mais que tempo para celebrar ao autódromo Enzo e Dino Ferrari. Segundo título mundial da carreira na estrada, após 2018, e dobradinha história pois só em 1995 é que uma ciclista conseguiu juntar o título de contra-relógio ao de estrada. A 1:20 discutiram-se as restantes medalhas, com Vleuten a superar Borghini, fazendo 1-2 para a Holanda. Em 4º, outra holandesa, Marianne Vos.