Última etapa desta edição da Volta a França e em vez da tradição jornada final de celebração em Paris tivemos um contra-relógio com o término do Tour a acontecer em Nice, isto devido aos Jogos Olímpicos de Paris, que estão aí à porta. Muitos ciclistas, já sem nada para lutar e sabendo que não tinham hipóteses de discutir os primeiros lugares da tirada devido ao percurso acidentado, não foram a fundo, a primeira verdadeira referência foi de Lenny Martinez, que concluiu os 33,7 kms em 48:24, o que atestava bem a dificuldade do traçado. O jovem gaulês ainda resistiu a Victor Campenaerts, mas não ao esforço do surpreendente colombiano Harold Tejada, que o superou por 10 segundos.

Só mesmo os corredores do top 10 é que conseguiram rivalizar com o registo do ciclista da Astana, o que foi bastante impressionante, e mesmo assim ele resistiu tanto a Simon Yates como a Santiago Buitrago. Logo no primeiro ponto intermédio era claro que Tadej Pogacar estava a ir a fundo e queria somar uma 6ª vitória em etapa, nesse marco do traçado o camisola amarela tinha 7 segundos para Vingegaard e 26 para Remco Evenepoel, sendo que o 4º estava a mais de 1 minuto e era Derek Gee. João Almeida passou aí com o 12º melhor tempo. O esloveno estendeu a diferença para o dinamarquês para 24 segundos e a segunda metade do traçado até era mais favorável a Pogacar, tudo parecia resolvido, enquanto João Almeida subia a 8º nesse ponto intermédio.




Tejada ficou na liderança provisória até à chegada de Derek Gee, o canadiano voltou a provar que a sua prestação não foi um mero acaso e realizou um grande contra-relógio, foi o primeiro a baixar dos 48 minutos. O que Tadej Pogacar fez na descida foi tão ou mais impressionante do que na subida, meteu mais meio minuto aos rivais, deixando toda a gente a mais de 2 minutos. O esloveno teve tempo para desfilar, celebrar e ainda assim cortar a linha de meta com 1:02 sobre Vingegaard e 1:13 sobre Evenepoel, Jorgenson foi 4º e João Almeida fez uma grande segunda parte para terminar a jornada em 5º e garantir o 4º lugar final, um resultado fenomenal. No top 10 nota para a entrada de Santiago Buitrago e a saída de Giulio Ciccone.

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