Mais um dia de loucos no Tour de France, sempre corrido a alta velocidade, especialmente os quilómetros iniciais. Com mais de 50 quilómetros percorridos e com muitos ataques passados, é que se formou a fuga do dia, composta por Lennard Kamna, Maximilian Schachmann, Simon Geschke, Dylan Teuns, Luke Durbirdge, Cyril Barthe, Imanol Erviti, Giulio Ciccone, Mads Pedersen, Kasper Asgreen e Vegard Stake Laengen.
Cedo se percebeu que a UAE Team Emirates tinha interesses na etapa e, com Laegen a descair da fuga, o pelotão nunca deu mais de 3 minutos de vantagem. Com a diferença a cair drasticamente, o Col de la Grosse Pierre, a 73 quilómetros da chegada, viu um ataque da dupla da Bora-hansgrohe na frente, o que partiu o grupo. Irremediavelmente, ficavam para trás Asgreen, Ciccone e Pedersen.
A redução de grupo funcionou, a colaboração era evidente, e isso permitiu que o grupo da frente voltasse a ganhar alguma da sua vantagem, entrando na subida final para La Super Planche des Belles Filles com 1:35. No pelotão, a cara mudava com a INEOS Grenadiers a entrar a todo o gás.
As primeiras rampas fizeram uma grande seleção na fuga, ficando na frente apenas Kamna, Geschke, Durbridge e Teuns. Geschke fez a primeira aceleração a 6,7 quilómetros do fim, com Kamna a ser o único a conseguir chegar ao alemão um quilómetro mais tarde. O ciclista da Bora-hansgrohe destacou-se um pouco e logo de seguida partia em solitário para a tentativa de vitória em etapa, com o grupo dos favoritos, novamente comandado pela UAE Team Emirates, a pouco mais de 1 minuto. O ritmo da equipa árabe fez descolar nomes como Ben O’Connor e Aleksandr Vlasov.
Tudo se manteve inalterado até aos 800 metros finais, altura em que apareceu a gravilha, terminou o trabalho de Rafal Majka e Tadej Pogacar impôs ritmo. O camisola amarela não teve medo de colocar a cara ao vento, o seu ritmo foi reduzindo o grupo, com Vingegaard e Roglic a serem os derradeiros resistentes.
Kamna ainda estava na frente, sonhava com a vitória, mas atrás os homens da geral vinham muito rápido e o ataque de Vingegaard a 150 metros do fim foi fatal para o germânico, apanhado 75 metros mais tarde. Parecia que o dinamarquês iria para o triunfo, Pogacar chegou a ceder uns metros, no entanto o esloveno ainda tinha energia no tanque e, com mais uma ponta final de loucos, superou o seu rival para conquistar a 2ª vitória consecutiva.
Roglic foi 3º a 12 segundos, seguindo-se, entre os homens da geral, Thomas a 14, Gaudu a 16, Mas e Bardet a 21, Yates a 29, Martinez, Uran e Martin a 45. Vlasov cedeu 1:39. Contas feitas, Pogacar é mais líder, agora com 35 segundos de vantagem para Vingegaard e 1:10 para Thomas.
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