A semana das Ardenas continua na Bélgica e o pelotão presente em Ciney para mais uma edição da La Flèche Wallonne teve a presença da chuva, o que vinha a dificultar, ainda mais, a corrida. Tom Paquot, Simon Gugliemi, Artem Shmidt, Ceriel Desal e Siebe Deweirdt foram os primeiros atacantes do dia mas a Soudal QuickStep queria uma corrida rápida e, com diferenças curtas, Tobias Foss e Robert Stannard primeiro e Frederik Dversnes e Andreas Leknessund depois conseguiram juntar-se à frente.
Para além da equipa de Remco Evenepel, também UAE Team Emirates e Lidl-Trek passavam pela frente do pelotão, mantendo um ritmo elevado que, com o passar dos quilómetros, ia fazendo vítimas atrás de vítimas no pelotão, caso dos antigos vencedores Dylan Teuns e Stephen Williams. A 41 quilómetros do fim, mesmo antes da segunda passagem pelo Mur de Huy, uma queda retirava da corrida Mattias Skjelmose e Ilan van Wilder e deixava o pelotão cada vez mais reduzido. Da numerosa fuga que se veio a formar, foram os reforços mais recentes Foss, Dversnes e Leknessund a serem os mais combativos, apanhados a apenas 7 quilómetros do fim, no sopé do Côte de Cherave, depois de muito trabalho da Soudal QuickStep.
Aí aparecia a UAE Team Emirates que, com um ritmo muito forte, deixou o grupo principal reduzido a 20 ciclistas. Também a descida fez estragos, Tadej Pogacar e Remco Evenepoel forçaram o ritmo, chegaram a provocar um corte mas o grupo voltou a juntar-se antes do Mur de Huy. Brandon McNulty e Jan Christen fizeram a aproximação à parte dura da subida, Ben Healy tentou antecipar o ataque mas, quando Pogacar aumentou o ritmo ninguém o conseguiu seguir.
O campeão do Mundo atacou sentado na parte mais complicada do Mur de Huy, fez uns últimos 500 metros diabólicos e, no topo da subida, celebrou o triunfo na clássica belga, o segundo da carreira. 10 segundos foi a vantagem para Kevin Vauquelin e Tom Pidcock fez uma subida em crescendo, terminando em 3º, a 12 segundos. Evenepoel foi apenas 9º, a 16 segundos.