A quarta etapa da Volta à Comunidade Valenciana representava a derradeira grande oportunidade para fazer as diferenças na classificação geral. Por ser uma etapa importante, a maioria das equipas demonstrou interesse em ter pelo menos um elemento na fuga. Após muitos ataques e contra-ataques, a fuga acabaria por ser formada depois de 30 quilómetros percorridos. Um grupo numeroso com 23 unidades, composto por: Damien Howson, Filippo Conca, Joan Bou, Daniel Navarro, Héctor Carretero, Fernando Barceló, Samuele Zoccarato, Alessandro Tonelli, Luca Covili, Louis Bendixen, Alessandro De Marchi, David de La Cruz, Christian Scaroni, Jorge Arcas, Georg Zimmermann, Amanuel Ghebreigzabhier, Wout Poels, Domen Novak, Omar Fraile, Thymen Arensman, Nico Denz e Tosh Van der Sande.
Após 50 quilómetros percorridos, a fuga dispunha de uma vantagem de 3m50s para o pelotão. A fuga ia colaborando mas a subida a Torralba e a descida seguinte acabaram por ajudar a diminuir a distância para o grupo principal. A Movistar, Bahrain-Victorious e a Bora-Hansgrohe pegavam nas rédeas do grupo e aceleravam no pelotão, com a margem a encurtar para a dianteira, que ia perdendo unidades.
A 60 km do fim, a corrida ficava fracionada, visto que se formavam vários grupos na frente. Thymen Arensman e Samuele Zoccarato tentavam destacar-se dos restantes companheiros. Ficaria apenas o neerlandês na frente, com Van der Sande, Scaroni e Tonelli na perseguição, a cerca de 30 segundos. Estávamos a 35 km da chegada, com o pelotão a rodar com 2m11s de atraso para Arensman.
A 20 km do fim, a fuga tinha sido toda alcançada, à exceção de Arensman, que seguia com 50 segundos de vantagem para o pelotão comandado pela Bahrain-Victorious. Uma média de etapa acima dos 40km/h, sempre a alta velocidade e a parte final não foi exceção. Arensman seria alcançado já depois do último sprint intermédio do dia em Altura, a 8km do final.
A Ineos Grenadiers carregou subida acima, com Castroviejo, Laurens de Plus e Omar Fraile no trabalho. À entrada do último quilómetro, seguiam cerca de 15 unidades, para a discussão do sprint final. Nos metros finais, Carlos Rodríguez enfurecia o ritmo para preparar o terreno para Tao Hart. O britânico saiu no tempo certo e sem oposição para discutir o triunfo, levantando os braços no final. O jovem britânico da Jumbo-Visma, Thomas Gloag, terminou em segundo, enquanto Ciccone finalizou em terceiro.
Ciccone conseguiu ir às bonificações e manteve o primeiro posto da geral, com 4 segundos de vantagem para Tao Hart e sete segundos para Bilbao. Rui Costa subiu ao sexto posto da geral. Amanhã será a derradeira etapa, com chegada a Valência.
Por: André Antunes