Com a saída já confirmada de Chris Froome para a Israel Start-Up Nation, a Team INEOS viu-se órfã de um grande líder britânico, permanecendo apenas com Geraint Thomas. A equipa também ela britânica não perdeu tempo e, depois de várias tentativas noutras temporadas, assegurou a contratação de Adam Yates para as próximas duas temporadas.



O ciclista de 28 anos sai da Mitchelton-Scott após 8 temporadas na formação australiana e, ao mesmo tempo, deixa, pela primeira vez, a companhia do seu irmão gémeo Simon, que renovou, esta semana, pela equipa de Shayne Bannan até ao final de 2022.

Desde 2014 na elite do ciclismo mundial, Adam Yates foi sempre um ciclista muito regular, apesar de nas últimas temporadas ter falhado um pouco nas Grandes Voltas uma vez que em 8 participações tem somente 2 top-10, com o grande destaque a ser o 4º posto do Tour 2016 onde venceu a classificação da juventude. Desde aí, tornou-se um ciclista com melhores resultados nas provas de uma semana, ora vejamos: em 2017,  4º na Volta a Catalunha e 5º na Volta a Polónia; em 2018, 5º no Tirreno-Adriático, 4º na Volta a Califórnia e 2º no Dauphine; em 2018, 2º Tirreno-Adriático e na Volta a Catalunha, e 5º na Volta ao País Basco 2019; e, este ano, triunfo no UAE Tour.



Esta transferência é um ponto de viragem na carreira do ciclista britânico, uma vez que sai da sua zona de conforto, indo para uma equipa bastante diferente da Mitchelton-Scott, onde existe metodologia para tudo. A questão que fica no ar é: qual será o papel de Adam Yates na Team INEOS?

Com Egan Bernal como líder absoluto, Richard Carapaz e Geraint Thomas numa segunda linha e Pavel Sivakov e Ivan Sosa numa terceira linha, a tarefa de Yates não está nada facilitada. Acreditamos que possa vir a liderar a equipa em provas de uma semana e nas clássicas de um dia, competições onde é, realmente, uma grande mais-valia, sendo que nas Grandes Voltas será um dos principais escudeiros dos seus líderes.




No comunicado da Team INEOS, Adam Yates reagiu à sua transferência, comentando que “está extremamente motivado por correr numa equipa britânica. Eu testemunhei o crescimento do ciclismo no Reino Unido durante a minha carreira e acho que isso foi estimulado pelo sucesso dos ciclistas britânicos e desta equipa. É uma oportunidade empolgante e sinto que chegou no momento certo.”

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