Foi há cerca de uma semana que Douglas Ryder respirou de alívio quando foi, oficialmente, anunciado que a sua equipa estaria a salvo. Com a saída da NTT era obrigatório encontrar patrocinadores principais e isso foi feito com sucesso. A Qhubeka volta a colocar o seu nome na equipa (já acontecera de 2011 a 2015) e a helvética ASSOS junta-se para manter a equipa no World Tour.



Domenico Pozzovivo, Victor Campenaerts, Max Walscheid, Michael Gogl, Andreas Stokbro e Dylan Sunderland eram os ciclistas garantidos para 2021. A primeira boa notícia chegou com a renovação do campeão europeu e italiano Giacomo Nizzolo, uma das grandes figuras da equipa este ano. Dias depois, também Carlos Barbero e Nicholas Dlamini rubricavam um novo contrato.

Passando para as contratações, a Qhubeka ASSOS foi resgatar dois ciclistas à EF Pro Cycling. Começando pelo mais experiente, Simon Clarke tem 34 anos, é um corredor com muitos quilómetros no World Tour e habituado a este nível. Já venceu na Vuelta e este ano triunfou na Royal Bernard Drome Classic, uma clássica bastante dura. Corredor muito completo será aposta para as clássicas.



O outro ciclista que chega da EF Pro Cycling é Sean Bennett. O norte-americano tem menos 10 anos que o seu colega de equipa, somente 24 e é mais um que passou pela escola da Hagens Berman Axeon. Passa com facilidade as dificuldades, caraterizando-se por ter uma boa ponta final.

Ainda olhando para as clássicas, a equipa sul-africana “salvou” a carreira da Dimitri Claeys. O 6º classificado do recente Tour de Flandres já tinha dado entrevistas em que indicava que poderia encerrar a carreira mas, aos 33 anos irá continuar a pedalar. Especialista das clássicas do empedrado, Clayes vem colmatar uma das lacunas da equipa. Já tem no currículo triunfo nos 4 Dias de Dunquerque, uma prova também com bastante pavê.

Para o seu apoio e, também para ajudar nos sprints, Lukasz Wisniowski chega da CCC Team. O polaco tem bons resultados nas provas do fim-de-semana de abertura, tendo já sido 2º na Omloop Het Nieuwsblad e 5º e 8º na Kuurne-Brussels-Kuurne. Com 28 anos, tem já bastante experiência de clássicas e Grandes Voltas, tendo já passado pela QuickStep e pela Sky.



Para o bloco de montanha, o reforço anunciado foi o suíço Kilian Frankiny. Depois de resultados interessantes no escalão sub-23, onde venceu o Giro Ciclista Valle d’Aosta Mont Blanc à frente de Enric Mas, o helvético tem demorado a confirmar o seu potencial no World Tour mas conta já com vários top-20 em provas como a Volta a Turquia, Volta a Suíça e Tour Down Under, para além de um 21º na Vuelta do ano passado. Numa equipa onde deverá ter liberdade, poderá conseguir explodir pois, no último Giro, com essa liberdade, conseguiu 2 top-5.

Para o fim, guardamos a jovem promessa Karel Vacek. Com apenas 20 anos, o checo dá o salto para o World Tour depois de duas temporadas nas melhores equipas sub-23 (Hagens Berman Axeon e Colpack). Enquanto júnior foi um dos grandes dominadores, travando grandes duelos com Remco Evenepoel e sendo um dos poucos ciclistas a derrotar o belga. Ciclista muito completo, adora dias duros, com um terreno ondulante, sendo bastante explosivo.



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