Uma das muitas novidades deste defeso foi a contratação de Marco Chagas por parte do Sporting/Tavira para o cargo de consultor técnico. O vencedor da Volta a Portugal de 1982, 1983, 1985 e 1986, agora com 61 anos voltou ao clube do coração e falou com o Jornal Sporting sobre vários temas.
Começando pela sua função na estrutura, Marco Chagas diz que “será o elo de ligação entre o Sporting e o ciclismo no seu todo”, e que aceitou este convite porque o Sporting tem uma nova direcção e lhe parece que pode dar um contributo à instituição. Não tinha sido convidado em anos anteriores, mas o pedido surgiu agora e a situação proporcionou-se.
O Sporting Clube de Portugal regressou ao panorama do ciclismo em 2015, e o ex-ciclista diz “sentia-se a falta do Sporting, até porque dos 3 clubes grandes é aquele com maior tradição nesta modalidade”. A entrevista causou mais espanto e expectativa quando Marco Chagas colocou a fasquia bem alto, perguntado sobre que lugar o Sporting deveria ter no ciclismo nacional. “O maior. O lugar do Sporting é no topo e de referência a nível nacional. Mais: temos de ter um projecto que nos permita, daqui a uns anos, pensar de novo no Tour de France…não vai deixar de ser um objectivo pelo qual vou lutar.”
Está aqui implícito, portanto, um plano a longo prazo, um plano que envolve subir de escalão, para o Profissional Continental, nos próximos anos, almejando posteriormente as grandes competições. Marco Chagas diz ainda que “tudo tem um tempo e esperamos que ele não seja muito longo”. São ainda tecidos elogios à qualidade como ciclista de Frederico Figueiredo e às vitórias internacionais que a equipa tem conseguido nos últimos anos, particularmente através de Rinaldo Nocentini e Alejandro Marque.
Por fim, menciona que há esperança na evolução de jovens talentos como Afonso Silva e Ruben Simão, dois dos melhores elementos da equipa de juniores e que agora é importante que não se percam na passagem pelo escalão de sub-23.