Com o final da Volta a Portugal iniciou-se a tradicional “silly season”, costuma ser uma altura profícua em rumores de mercado, envolvendo transferências de ciclistas e mudanças drásticas nas equipas, numa dança de cadeiras que chama sempre a atenção.



Tudo começou logo no dia 16, com o “Desportivo do Minho” a noticiar a transferência de Iuri Leitão, o sprinter de maior destaque em Portugal este ano, para a Caja Rural em 2022, sucedendo assim a Manuel Cardoso, o último grande sprinter português que esteve na formação espanhola. Entretanto não houve qualquer tipo de confirmação por parte do ciclista, que até informou nada ainda estar assinado ou acordado com a equipa Profissional Continental.

Posteriormente começaram os rumores em torno da Efapel, ou melhor dizendo, da ex-Efapel. E neste caso era mais confirmações. Carlos Pereira, manager da FullRacing, empresa que detém a licença Continental que corre sob o patrocínio da Efapel, confirmou ao jornal “O Jogo” que a continuidade para 2022 está garantida, mas não sob a égide da empresa liderada por Américo Duarte.

Carlos Pereira confirmou várias coisas, que todos os ciclistas que participaram na Volta a Portugal vão continuar para 2022 e que Mauricio Moreira tem contrato até 2024 com uma clausula de rescisão de 100 mil euros, num acordo obtido com o ciclista uruguaio, a grande surpresa da temporada, em Março. A Efapel comunicou a Carlos Pereira que não iria seguir no ciclismo em 2022, no entanto Américo Duarte diz que vai continuar no ciclismo por paixão e porque dá resultados interessantes em termos de marketing. De saída estará mesmo André Domingues, para a Burgos-BH, como noticiámos ontem.



Fica por saber o novo patrocinador principal da FullRacing e a estrutura nova que a Efapel vai apoiar. Recentemente o jornal “A Bola” vaticinou alguns dos ciclistas que vão integrar uma nova estrutura que vai aparecer no ciclismo português, liderada por José Azevedo, antigo director desportivo da Katusha. O plantel teria Delio Fernandez como líder, secundado por Tiago Antunes, Joaquim Silva, Francisco Guerreiro, Bruno Silva, Rafael Silva, Francisco Campos e Fábio Fernandes.

Supostamente existe também a possibilidade desta estrutura ser apoiada precisamente pela Efapel, que pretende continuar no ciclismo. Os principais sites internacionais de estatística mostram que Delio Fernandez tem contrato com a Delko para 2022 e o espanhol mostrou isso mesmo ontem nas redes sociais, praticamente desmentindo o que “A Bola” noticiou.



Hoje todo este enredo teve mais um episódio interessante, o jornal “O Jogo” adianta que o Sporting Clube de Portugal pretende voltar ao ciclismo e que o presidente Frederico Varandas está a analisar as opções em aberto, sendo que uma das possibilidades é a união de esforços com a FullRacing, liderada por Carlos Pereira e que tem na carteira literalmente uma equipa já formada e que ganhou 6 etapas na Volta a Portugal deste ano, o que é um argumento muito forte para as negociações. O orçamento para uma estrutura deste género ronda os 700 mil euros e o Sporting estará à procura de investimento estrangeiro para consumar esta união.

 

Foto: FPC

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