Poucos dias após o fim do Giro d’Itália, onde não chegou ao seu término, após o abandono na etapa 15, Tom Dumoulin anunciou, nas suas redes sociais, o fim da sua carreira desportiva no final da temporada de 2022. Aos 31 anos, esta será a última época do neerlandês enquanto ciclista profissional mas deixou claro que ainda tem objetivo pela frente, apesar do seu calendário ainda não estar definido.



Numa longa mensagem, Dumoulin percorreu um pouco da sua história nos últimos anos, desde a sua pausa sabática no início de 2021 para descansar de toda a pressão que um atleta de alta competição tem, até regressar aos Jogos Olímpicos onde conseguiu um fantástico 2º lugar.

“Desde o outono de 2020 que, ocasionalmente, consigo mostrar toda a minha capacidade na bicicleta. Mas apesar de tudo isso, muitas vezes, e especialmente este ano, tem sido um caminho frustrante, o meu corpo sente-se cansado. Assim que o ritmo nos treinos ou provas aumenta, sofro de fadiga, dores e lesões ao invés de evoluir. O esforço no treino não conduziu às performances desejadas.” começou por afirmar Tom Domoulin.



O neerlandês da Jumbo-Visma continuou, dizendo que “com muita paciência e um plano de treino muito cauteloso, estou convencido que poderia regressar ao meu antigo nível. No entanto, seria um longo caminho, sem garantias de sucesso. Escolho não seguir esse caminho e abandonar o ciclismo.”

Já no final da declaração, o ciclista diz que pretende retirar-se da melhor maneira possível, com muitos sucessos, especialmente nos Campeonatos do Mundo, apontando a prova de contra-relógio como o grande momento do que resta da sua carreira. De recordar que Dumoulin já foi campeão do Mundo da especialidade, no ano de 2017.

Para a memória de todos os fãs da modalidade, vão ficar, para além do já referido título mundial, a incrível vitória no Giro d’Itália 2017, os 2º lugares no Giro e no Tour de France no ano seguinte e as múltiplas vitórias em etapas de Grandes Voltas, principalmente um duelo incrível com Chris Froome em Cumbre del Sol, no ano de 2015, quando esteve perto de ganhar a sua primeira prova de 3 semanas, tendo terminado essa Vuelta a Espanha em 6º, perdendo a liderança a apenas 1 dia do fim.



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