Fim-de-semana de dose dupla da Taça do Mundo de ciclocrosse! Com Mathieu van der Poel ainda ausente, a recuperar de uma pequena lesão, e com Wout van Aert em estágio com a Jumbo-Visma, Tom Pidcock perfilava-se como um dos grandes candidatos à vitória, a par do líder da competição Eli Iserbyt. Sem espectadores presentes, devido às restrições pandémicas, os ciclistas tinham pela frente o circuito de Rucphen.
Uma primeira volta muito rápida levou a várias quedas, o que só por si fraturou o grupo dos favoritos, deixando pouco mais de uma dezena de ciclistas na frente. Vários ciclistas tentavam distanciar-se no entanto as vantagens eram sempre muito curtas e a primeira movimentação decisiva aconteceu somente na penúltima volta, com Michael Vanthourenhout e Eli Iserbyt a ganharem um pequeno espaço.
A diferença era de apenas 3 segundos à entrada da volta final, Pidcock ainda acreditava ser possível chegar à frente e conseguiu-o. O campeão britânico estava a um grande ritmo, passou por Vanthourenhout e mesmo na parte final colou-se a Iserbyt. Tudo se decidiu na passagem pelas barreiras.
Se Pidcock “voou” pelas barreiras, Iserbyt teve mais dificuldades em fazer os saltos e isso foi fatal para o líder da Taça do Mundo. O britânico da INEOS Grenadiers continuou a pedalar forte, deixou tudo na estrada, conquistando a primeira vitória da carreira na Taça do Mundo. A dupla da Pauwels Sauzen-Bingoal foi 2º e 3º, com Iserbyt a terminar à frente de Vanthourenhout. Nas contas da Taça do Mundo, Iserbyt segue confortável, com 337 pontos, mais 109 que Vanthourenhout.
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A competição feminina também foi bastante emotiva, decidida também no sprint final. Lucinda Brand ainda entrou na frente na reta da meta mas a mais forte acabou por ser a campeoníssima Marianne Vos, fazendo valer a sua melhor ponta final. Denise Betsema fechou o pódio. Na Taça do Mundo, a campeã do Mundo Brand segue na liderança.