Um início de segunda semana exigente, com um percurso longo e ondulado a convidar vários elementos a integrar a fuga do dia. Na abordagem à primeira montanha do dia, Madonnina del Domm, foi mesmo o português Ruben Guerreiro a abrir as hostilidades, com vários ciclistas a irem ao seu encalce, Giovanni Visconti, Sergio Samitier, Matteo Fabbro, Larry Warbasse, Ben Swift, Fabio Felline, Ben O´Connor, François Bidard, Pawel Poljanski, Salvatore Puccio, Enrico Battaglin, Einer Rubio, Julien Bernard, Joey Rosskopf, Andrea Vendrame, Jan Tratnik, Alessandro Tonelli, Manuele Boaro, Geoffrey Bouchard, Kamil Malecki, Jefferson Cepeda, Lorenzo Rota, Stefano Oldani, Alessandro Bisolti, Valerio Conti, Filippo Zana e James Whelan.



Ruben Guerreiro passou em primeiro lugar na primeira montanha do dia, contagem de segunda categoria, e somou 18 pontos. Visconti passou em segundo lugar e somou 8 pontos. Jogava-se a classificação da montanha. Na contagem seguinte trocaram de papéis, foi a vez de Visconti passar em primeiro, somando 9 pontos, enquanto que Ruben somou 4. Relembrando que Visconti partia para a etapa como líder da montanha, com 118 pontos, mais 31 do que o português.

Na terceira contagem de montanha, Ruben Guerreiro teve um problema mecânico a 800 metros do alto de Monteaperta, deixando a vida facilitada para Visconti, que somou mais 9 pontos. A fuga conseguiu uma vantagem de mais de oito minutos, estabelecendo-se durante largos quilómetros. O pelotão era liderado pela Deceuninck Quick-Step, com um ritmo permissivo, visto que os homens da fuga não ameaçavam a liderança de João Almeida.



Entrávamos na aproximação ao circuito final, com três passagens por Monte di Ragogna, a fuga alargava a vantagem, já acima dos dez minutos. Com 68 quilómetros para o fim, Guerreiro atacou na primeira passagem, passando em primeiro na terceira categoria. Visconti passou em segundo lugar. O português foi alcançado pelos colegas de fuga, seis quilómetros depois, durante a descida. Manuele Boaro e Jan Tratnik lançaram-se ao contra-ataque, e depressa alcançaram uma vantagem de 20 segundos. Com 41 quilómetros para o fim, Jan Tratnik ficou isolado na frente, visto que Boaro não aguentou o ritmo do esloveno. Foram muitos os ataques para chegar à frente, mas apenas Ben O´Connor conseguiu fazer a ponte, alcançando Tratnik no topo da última contagem de montanha.

A 600 metros, O´Connor tentava despachar Tratnik, mas o esloveno estava muito forte e acabou por ultrapassá-lo com relativa facilidade, conquistando uma vitória confortável e com classe, a sua primeira numa Grande Volta. Enrico Battaglin ganhou o sprint pelo terceiro lugar. O grupo dos favoritos chegou a mais de 12 minutos. A 700 metros do fim, João Almeida acelerou, com os rivais a tentarem responder, quebrando o grupo por completo, numa clara demonstração de força do caldense, ganhando dois segundos a Wilco Kelderman, o seu rival direto. Mais um dia de rosa para o português, que está a demonstrar boas sensações para o que falta de prova.

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