No dia de hoje a UAE Team Emirates perdeu Matteo Trentin, mas também confirmou uma contratação para 2024, não sendo propriamente uma substituição directa. Não é uma substituição, mas é de certa forma roubar um gregário a um rival como é a Ineos-Grenadiers.



Da formação britânica irá chegar o, agora francês, Pavel Sivakov num contrato válido por 3 temporadas (até final de 2026), mais um deste género na formação de Joxean Matxin Fernandez. Na altura ainda com a nacionalidade russa, Sivakov fez uma das melhores temporadas de sempre de um sub-23, ao ganhar o Baby Giro, a Ronde de l’Isard e o Giro Valle d’Aosta num espaço de meses. Isso chamou a atenção da Ineos-Grenadiers, ao tempo ainda uma das dominadores das Grandes Voltas, e entrou na estrutura britânica em 2018.

Obviamente houve um período normal de adaptação, mas pensou-se que a época de 2019, onde foi 1º no Tour of the Alps e na Volta a Polónia e 9º na Volta a Itália fosse o início da uma carreira a disputar Grandes Voltas. No entanto, não foi nada disso que aconteceu, Sivakov estagnou e foi ultrapassado pela concorrência, continuou a ter algumas oportunidades internas e nunca as aproveitou na sua plenitude. Tanto que nos últimos 2 anos já foi sempre encarado como um ciclista de trabalho na montanha, foi ao Giro 2022 para ajudar Carapaz, era apenas 9º na Vuelta 2022 quando abandonou e nesta época foi ao Giro apenas ajudar Thomas e Hart.



Para a UAE é mais um ciclista que pode ser muito útil nas etapas de montanha, talvez não na perspectiva de entrar no bloco de Pogacar, mas nunca bloco alternativo como ajuda a Juan Ayuso ou João Almeida, que são corredores que preferem muito mais subir a ritmo como Sivakov faz, é alguém muito pouco explosivo. Nessa perspectiva é uma contratação que faz sentido, alguém que ainda tem boa capacidade física, que tem capacidade para fazer top 10/15 nas Grandes Voltas se correr para isso e alguém que sabe perfeitamente ao que vem, para trabalhar, algo que já fazia na sua anterior equipa. Até é preferível assim do que contratar corredores que ainda sonham um dia serem líderes da UAE e terem a sua chance. Para Sivakov certamente é uma mudança para melhor em termos financeiros, a UAE tem orçamento para melhorar o salário do francês e terá sido esse o grande motivo da sua saída da Ineos-Grenadiers.

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