Dia de segunda clássica canadiana, o G.P. Montreal e com uma lista de participantes novamente bem interessante. A primeira metade da corrida ficou marcada pela muita chuva que se fazia sentir e pela tentativa em solitário de Florian Vermeesch, estranho como numa prova com esta visibilidade apenas o belga tentou a sua sorte. A tentativa posterior de Manuele Boaro e Harrison Woods para fazer a ponte saiu frustrada pelo forte ritmo do pelotão.

Na fase intermédia da corrida tivemos 2 equipas em grande destaque e com objetivos bem claros, de controlar a corrida e aumentar o desgaste. E realmente conseguiram fazer isso, Soudal-Quick Step e Lidl-Trek colocaram os seus ciclistas a trabalhar e com um ritmo alucinante reduziram o grupo a umas meras 50 unidades e apanharam Vermeesch, isto já a cerca de 50 kms da meta. Para tal feito Schmid, Liepins e Vacek estiveram em grande destaque.




Quando Schmid acabou o seu trabalho pensou-se que finalmente haveria anarquia, mas a Groupama-FDJ assumiu o controlo durante 1 volta, até que a 35 kms da meta a UAE Team Emirates graças a Rafal Majka seleccionou ainda mais a corrida. Depois foi a vez de Brandon McNulty entrar em acção, sobreviveram somente cerca de 10 ciclistas ao ritmo do norte-americano, mas mais se juntaram na descida e à entrada para a última volta Michael Matthews atacou para tentar entrar com alguma vantagem na subida mais dura do percurso.

O australiano foi anulado logo nas primeiras rampas, numa altura em que cediam novamente Arnaud de Lie e Pello Bilbao. Foi a 10 kms que surgiu o esperado ataque de Adam Yates, alguém que não podia esperar pelo sprint final e a ofensiva do britânico teve resposta pronta de Pavel Sivakov, a muito custo o francês conseguiu manter-se por perto e recolar na descida.

O grupo perseguidor tinha cerca de 10 elementos, estava a 15 segundos e continha Marc Hirschi a neutralizar ataques e perturbar a perseguição, em favor do seu colega. Os perseguidores aproveitavam as pequenas colinas para fazerem ataques e aproximações, no entanto a colaboração entre Yates e Sivakov foi sempre muito boa até ao quilómetro final, o francês liderou na recta da meta e o corredor da UAE Team Emirates não teve resposta à altura quando lançou o sprint, abriu espaço e teve tempo para festejar. Enquanto isso na luta pelo pódio o mais forte foi Alex Aranburu diante de Valentin Madouas.

By admin