As principais provas de ciclismo e os principais ciclistas podem estar em modo de férias, no entanto isso não significa que a competição esteje totalmente parada. Em África, mais concretamente no Burkina Faso, começou, no dia de ontem o Tour du Faso, a volta ao país. Prova com 10 etapas, num pelotão composto maioritariamente por ciclistas africanos, com exceção de 3 equipas europeias, uma vinda da Bélgica, outra dos Países Baixos e uma última oriunda da … Rússia.



Ora, aqui é que está o grande problema de toda esta situação. Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia que a UCI impediu a participação de qualquer equipa russa ou bielorrussa em competições UCI. A equipa que veio do leste da Europa, compete com o equipamento da seleção onde se pode ler “Exército da Rússia”, com a designação CSKA Moscow. O mais fácil seria os ciclistas não serem permitidos participar, tal como a UCI solicitou no entanto a organização da prova não cumpriu com as ordens e a UCI tomou medidas.

Em comunicado publicado hoje, o órgão máximo do ciclismo mundial informou que a prova perdeu o seu estatudo de competição oficial. “A organização do Tour du Faso convidou a equipa russa CSKA Moscow por iniciativa própria, sem informar a UCI. Depois de ser informada disto, a UCI enviou imediatamente à organização uma carta oficial pedindo-lhes, em particular, que proibissem a partipação da equipa, em aplicação dos regulamentos. Porém, apesar desta diretriz, a equipa esteve à partida para o evento. Consequentemente, a UCI retirou imediatamente o evento do calendário internacional e está, atualmente, a estudar as consequências disciplinares relativas à participação desta equipa.”



De notar que os governos de Burkina Faso e da Rússia têm relações diplomáticas bastante fortes, existindo cooperação militar entre ambos os países, pelo que a presença da equipa russa e o facto de ter participado na competição não é uma notícia que choque os mais atentos.

Por fim, a prova continua a decorrer, mas agora apenas como competição local e sem oferecer pontos UCI aos seus ciclistas. Apesar de ser apenas da categoria 2.2, era sempre uma montra importante para os ciclistas africanos. Quem fica a perder é o ciclismo em África.

 

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