Por vezes os mais audazes não são premiados, ontem Primoz Roglic atacou na última colina antes da meta surpreendendo a concorrência, enquanto Remco Evenepoel estava parado na estrada a receber assistência pelo furo que sofreu, já dentro dos 3 kms finais. Tudo parecia encaminhado para o esloveno ganhar  alguns segundos face ao camisola vermelha (que seria creditado o tempo do pelotão) e partir para as jornadas de montanha mais próximo da liderança, mas um toque na bicicleta de Fred Wright já no sprint final provocou uma aparatosa queda.

O esloveno teve um azar incrível, de cair quando menos se esperava depois de arriscar tudo, o belga uma sorte incrível, a de furar já dentro da zona protegida dos 3 kms (ou de conseguir gerir o furo até essa zona protegida). Por vezes é mesmo assim o ciclismo, faz parte. Roglic cortou a meta queixoso e ensanguentado, com feridas claras no lado direito do corpo, nomeadamente no cotovelo e no joelho. Certamente que se pudesse escolher preferia não ganhar tempo e não cair, do que ganhar tempo e ir ao chão daquela forma.




A equipa informava ontem à noite que “todos os exames por hoje estão feitos. Amanhã de manhã a equipa vai decidir, em conjunto com o departamento médico, se o Primoz vai continuar a lutar pela Vuelta.” E infelizmente, verificou-se esta manhã que, devido às consequências da queda de ontem, o esloveno não tinha condições para continuar nesta Volta a Espanha, na tentativa de vencer a prova pela 4ª vez consecutiva.


Desta forma, Remco Evenepoel fica bem mais confortável na camisola vermelha, visto que Roglic era o seu rival mais próximo, a 1:26, e o mais perigoso por não ter muito a perder. Enric Mas fica agora em 2º a 2:01 e Juan Ayuso em 3º a 4:49, João Almeida sobe a 6º à geral, estando agora a pouco mais de 2 minutos do pódio.

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