Depois de um longo tempo de espera, já se sabe o desfecho do caso Raul Alarcon! Suspenso preventivamente desde 21 de outubro de 2019, o veredito final da UCI foi conhecido no dia de hoje. O espanhol de 34 anos foi suspenso por 4 (!) anos, até 20 de outubro de 2023 devido a “uso de métodos e/ou substâncias proibidas”.
Com esta medida, todos os resultados alcançados pelo ciclista da W52-FC Porto alcançados entre 28 de julho de 2015 e 21 de outubro de 2019 são anulados, o que significa que este perde as duas Voltas a Portugal conquistadas em 2017 e 2018 lhe foram retiradas, anos em que derrotou Amaro Antunes e Joni Brandão, respetivamente. De recordar que nessas duas edições da “Grandíssima” conquistou 5 etapas. Outra conquista importante tinha sido a Vuelta às Asturias de 2017, quando Alarcon tinha derrotado Nairo Quintana, resultado esse que também lhe é, naturalmente, retirado.
Aquando da sua suspensão provisória, Raul Alarcon defendeu-se, na sua página de Facebook, dizendo que não tinha cometido nenhuma ilegalidade e que tinha provas da sua inocência, mais concretamente “pareces médicos absolutamente concludentes no sentido de que não existiu nenhuma violação das normas antidopagem.”
Recuando na história, este não é caso virgem no ciclismo português, já outros corredores tinham perdido, posteriormente, e devido a casos de doping, as Voltas a Portugal ganhas na estrada. Falamos de Joaquim Agostinho (1969 e 1973), Fernando Mendes (1978), Marco Chagas (1979) e, mais recentemente, Nuno Ribeiro (2009).