Os nossos leitores decidiram e elegeram Primoz Roglic como o melhor ciclista de 2020. Num total de xxx votos (obrigado pela participação), o esloveno recebeu 526 votos, o que equivaleu a 61% dos votos, esmagando a concorrência. A margem de vitória foi tão grande que Tadej Pogacar foi 2º com 181 votos e Wout van Aert 3º, com 96. Ainda hoje, sairá a 2ª sondagem, onde vamos eleger o sprinter do ano.

É uma escolha que corroboramos e com a qual concordamos. Primoz Roglic foi, pelo segundo ano consecutivo, o melhor ciclista da temporada, realizando uma época de alto nível, andando bem durante todas as provas que fez, conseguindo vencer em praticamente todo o lado e em todo o tipo de terreno. 50 dias de competição, 12 vitórias e mais 20 top-10, sendo 10 deles 2º lugares. Impressionante!



O esloveno não competiu na temporada “pré-COVID”, aparecendo pela primeira vez nos Nacionais da Eslovénia onde travou os primeiros duelos com Tadej Pogacar, vencendo a prova de estrada e foi 2º no contra-relógio.

Em competições internacionais, estreou-se, em Agosto, no Tour de l’Ain onde venceu duas etapas e a classificação geral. Seguia-se o Criterium du Dauphine, onde também venceu, liderava tranquilamente mas foi forçado a abandonar devido a queda. A lesão chegou a pôr em causa a sua participação no Tour mas o ciclista da Jumbo-Visma esteve presente.



Venceu ao 4º dia, em Orcières-Merlette, envergou a camisola amarela a partir da 9ª etapa e, quando se pensava que iria conquistar a primeira Grande Boucle da carreira sucumbiu no contra-relógio final, acabando em 2º. Quando se pensava que a temporada podia estar terminada e poderia quebrar emocionalmente com tal perda, Roglic mostrou que é forte mentalmente e não parou de competir.

Foi a Imola ser 6º nos Mundiais, antes de vencer a Liège-Bastogne-Liège, o seu primeiro Monumento da carreira. 3 semanas depois estava à partida no País Basco para defender o seu título da Vuelta. A defesa começava da melhor maneira com uma vitória logo a abrir. Por duas vezes perdeu a liderança, mas por duas vezes a recuperou, vencendo, ainda, mais 3 etapas, todas elas em terrenos distintos, o que mostra a sua polivalência (uma chegada em alto, um contra-relógio e uma chegada ao sprint). No final, em Madrid, defendia com sucesso o seu título e vencia, novamente, a Vuelta.



No ano passado, dissemos que “2019 será difícil de repetir mas com Primoz Roglic nunca se sabe!”. Parece que estávamos a adivinhar mais uma temporada de luxo do esloveno da Jumbo-Visma que conseguiu 12 triunfos numa temporada tão curta, revalidando o título do UCI World Tour. Um ano perfeito que só ficou manchado com a menos positiva prestação no contra-relógio final do Tour de France, pois, caso contrário, 2020 teria sido uma temporada imaculada!

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