Foram 3 temporadas no mínimo penosas para Fabio Aru na UAE Team Emirates. O italiano de 30 anos nunca foi capaz de corresponder às expectativas, que eram bastante elevadas (5º na Vuelta em 2014 e no Tour em 2017, 3º no Giro em 2014, 2º no Giro em 2015 e vencedor da Vuelta em 2015). Em termos de Grandes Voltas o melhor que conseguiu foi ser 14º no Tour em 2019 e nem sequer chegou a meio da Volta a França este ano.
Um misto de lesões e uma clara barreira psicológica a ser ultrapassada impediram o pleno rendimento de Fabio Aru, e agora a grande questão que se coloca é se o transalpino é capaz de voltar ao seu melhor nível. Falou-se na Bardiani como possível destino, mas Aru acabou por ainda encontrar lugar no World Tour graças à Qhubeka Assos. A formação liderada por Douglas Ryder já não tem grandes opções disponíveis, e tendo isso em conta percebe-se o “gamble” que está a fazer com Fabio Aru, mas é importante não colocar grande pressão no ciclista.
Aos 26 anos, e depois de uma subida a pulso na carreira, Emil Vinjebo chega ao World Tour. Após duas temporadas na ProTeam Riwal Securitas, o dinamarquês salta para a elite do ciclismo mundial, ele que é um puncheur com alguma qualidade, que se adapta a provas com alguma dureza e às clássicas com um terreno duro. Os seus resultados no circuito europeu são já de alguma valia: 6º e 15º na Volta a Dinamarca, 2º no Tour du Loir et Cher e Provost, 3º no Tro-Bro Léon, 4º na Royal Bernard Drome Classic e 7º no Tour de Normandie. Numa equipa sem um grande líder neste terreno, poderá ter alguma liberdade para procurar os seus resultados.
Esta é, sem dúvida, uma das histórias deste defeso. Já tínhamos falado de Harry Tanfield e começámos por dizer isto “do escalão Continental directamente para o World Tour e directamente do World Tour de volta para o escalão Continental.” Pois bem, o britânico em 2 semanas passou do escalão Continental, de novo para o World Tour, por intermédio da Qhubeka-Assos, a antiga NTT Pro Cycling. Não é por este inesperado volte face que a nossa análise mudou, Tanfield ainda não mostrou qualidade para estar no World Tour, mas neste momento as opções escasseiam no mercado para a Qhubeka-Assos.
Por fim, e aproveitando a sua equipa Continental, a NTT Continental Cycling Team, a formação sul-africana promoveu o neo-zelandês, também com nacionalidade sul-africana, Connor Brown. Aos 22 anos, assina um contrato de 2 anos. Brown foi 6º na New Zeeland Cycling Classic deste ano, tendo terminado no pódio de uma etapa do Baby Giro de 2020. No ano passado, no Tour de Limpopo, uma competição sul-africana, terminou em 3º, vencendo uma tirada.