Último dia de competição em Innsbruck, com a prova que todos os amantes da modalidade aguardavam ver, a prova de elites masculinos. Cedo se formou uma fuga numerosa, com Rob Britton, Tobias Ludvigsson, Kasper Asgreen, Ryan Mullen, Daniil Fominykh, Vegard Stake Laegen, Connor Dunne, Karel Hnik, Jacques Janse Van Rensburg, Ilia Koshevoy e Laurent Didier. O pelotão não se mostrava preocupado e estes 11 elementos entraram com mais de 17 minutos no circuito final de Innsbruck.
Seleções como Áustria, Itália, Grã-Bretanha e Eslovénia trabalhavam, começando a reduzir a diferença, com a Espanha a juntar-se já com a corrida bastante lançada. As dificuldades na frente foram aumentando e a fuga ia-se dividindo com Asgreen e Laegen a serem os últimos resistentes, entrando com 2:30 na última volta, ou seja, nos últimos 30 quilómetros. Para trás, pouco se passou, apenas algumas tentativas de ataques, onde Rui Costa se infiltrou e uma queda que afetou Primoz Roglic e Miguel Angel Lopez, onde só o primeiro conseguiu voltar a colar ao pelotão.
Na última volta foi a Itália a pegar na corrida, diminuindo bastante a diferença antes da entrada na última subida para Ingls. Steven Kruijswijk foi o primeiro a atacar, com Ben Hermans a sair na sua perseguição, mas mais uma vez os ataques não deram em nada.
Asgreen e Laegen foram alcançados e iniciou-se uma nova corrida. Sam Oomen tentou muito, aumentando bastante o ritmo mas foi Peter Kennaugh aquele que lançou um ataque mais sério. Michael Valgren fez a ponte para a frente e deixou o britânico para trás ainda antes do final da subida. Rui Costa estava num pequeno grupo perseguidor, atacou por várias vezes, mas sem sucesso.
O dinamarquês entrou na frente na “Subida do Inferno”, a 10 quilómetros da meta, com cerca de meio minuto de vantagem. No grupo dos favoritos, a França aumentou bastante a ritmo partindo por completo o grupo. Pinot, Bardet, Alaphilippe, Moscon, Valverde e Woods eram os ciclistas que mais diretamente perseguiam Valgren.
Pinot acabou e entrou ao trabalho Bardet que apanhou Valgren e com o ritmo tão elevado deixou Alaphilippe para trás. Restavam 4 e no final da subida ficaram apenas 3, já que Moscon também não aguentou. Na descida, os 3 mantiveram-se juntos e foi já perto do quilómetro final que Tom Dumoulin encostou à frente de corrida.
Ninguém quis assumir a frente e teve que ser Alejandro Valverde a entrar na frente na reta da meta. “El Bala” controlou e lançou o seu sprint a 300 metros da chegada para escapar para o título mundial que lhe faltava na sua já longa carreira. Romain Bardet foi 2º e Michael Woods 3º. O top 5 foi fechado por Tom Dumoulin e Gianni Moscon. Rui Costa chegou num grupo a 43 segundos, finalizando no 10º posto, Nelson Oliveira foi 39º, Ruben Guerreiro e Tiago Machado não concluíram a prova.