A dureza continua a aumentar na CRO Race no entanto ninguém esperava o que estava à espera dos ciclistas. Ainda pela manhã, a etapa era encurtada de 154 para 90 quilómetros devido às condições atmosféricas adversas, nomeadamente, chuva intensa e fortes rajadas de vento. Do mesmo modo, os tempos para a classificação geral seriam contabilizados à entrada do circuito final, a cerca de 10 quilómetros do fim, devido à perigosidade do mesmo. A quilometragem curta e a chuva levaram o pelotão a realizar uma etapa muito rápida, com ataques a acontecerem por todo o lado.
A 50 quilómetros do fim, surgia uma das movimentações mais importantes, com Brandon McNulty a atacar, juntando-se a Kim Heiduk na frente de corrida. O duo permaneceu unido 10 quilómetros, até McNulty partir para a missão em solitário. O norte-americano era um homem com uma missão, chegar o mais rapidamenta ao circuito final. Um minuto de vantagem máxima, pelotão cada vez mais reduzido, não só pelas subidas mas também pelas quedas que iam acontecendo, e McNulty a sonhar não só com a liderança mas também com a vitória em etapa.
O ciclista da UAE Team Emirates entrou no circuito final com pouco mais de meio minuto, vantagem suficiente para subir à liderança da CRO Race. A partir daqui, estava em jogo a vitória em etapa, com muitos ciclistas “desistirem” de seguir no pelotão já que os tempos tinham sido tirados. Sem organização evidente, McNulty tinha a vitória no bolso, “bastava” não cair na descida final. Foi isso que aconteceu, o norte-americano foi o mais valente e no final saiu recompensado com a vitória em etapa e a liderança da CRO Race. A 26 segundos, Igor Arrieta deu a dobradinha à UAE Team Emirates, com Tobias Lund a completar o pódio. McNulty lidera a CRO Race com 30 segundos de vantagem para o anterior líder Giovanni Lonardi.