Maratona de praticamente 200 quilómetros no Criterium du Dauphiné, última possível oportunidade para os sprinters na chegada a Gap, um local bastante habituado a receber finais de provas importantes. Juan Ayuso não esteve à partida, abandonando devido a sintomas gripais e não viu a luta intensa pela presença na fuga, que durou mais de 50 quilómetros!
Depois de muitas tentativas, foi só no Col de Rousset que se formou a fuga, com Pierre Rolland, Andrea Bagioli, Valentin Ferron, Warren Barguil, Geoffrey Bouchard, Victor Lafay e Bruno Armirail. A escapada maioritariamente gaulesa foi colaborando bem entre si e, apesar da sua vantagem nunca ser muito grande, o pelotão teve que se esforçar, com Trek-Segafredo, UAE Team Emirates e Intermarché-Wanty a unirem os esforços.
Já na última hora de corrida, e vendo Bagioli chegar à liderança virtual, a Jumbo-Visma passou a assumir a perseguição, com a INEOS Grenadiers e a BikeExchange a aparecerem na ajuda. Já era tarde para o pelotão, o grupo acordou tarde demais pois a fuga entrou com praticamente 2 minutos de vantagem nos 10 quilómetros finais.
Nem o ritmo elevado fez com que o pelotão alcançasse a fuga que, no quilómetro final, começou a entreolhar-se entre si. Foi nesse momento que se decidiu a corrida, com Ferron a aproveitar uma hesitação do grupo para atacar. Todos ficaram a olhar para Bagioli, o italiano demorou a responder e isso foi fatal. Ferron pedalou para o triunfo, o 2º da carreira e o 2º da TotalEnergies no Dauphiné. A 3 segundos, Barguil foi 2º e Rolland 3º.
O pelotão chegou a 32 segundos, com Juan Molano a ser o primeiro do grupo. Wout van Aert foi 12º e mantém a liderança da prova. Ruben Guerreiro foi 23º e Ivo Oliveira 97º, chegando ambos no pelotão.