Alejandro Valverde parte para a 19ª temporada enquanto ciclista, tendo começado 2020 no já habitual Challenge de Mallorca, onde foi 2º no Trofeo Serra de Tramuntana. Tendo renovado com a Movistar no final da época passada até 2021, começou a especular-se quando é que o veterano espanhol iria terminar a sua carreira e parece que já há data definida.
“Quero fazer mais duas épocas ao mais alto nível e depois abandonar. Entrar na estrutura da Movistar depois e acabar a carreira também me deixa motivado. Quero continuar a contribuir, de qualquer maneira que seja, para esta família.”
Foram estas as declarações de “El Bala” que pôs fim a todos os rumores que se circulavam. A idade já começa a pesar, as vitórias já não são tantas, apenas 5 em 2019, no entanto a regularidade continua incrível, já que na temporada foi 9º no Toude France e 2º na Vuelta a Espanha, depois de ter sido campeão nacional.
Valverde reconhece que a idade já começa a pesar e, por isso, tem que definir melhor os seus objetivos. Para o que falta da sua carreira o principal objetivo está claro: “ Falta-me uma medalha olímpica no currículo. Tenho vitórias em etapas e pódios finais nas 3 Grandes Voltas, já venci as clássicas mais importantes, foi campeão do Mundo. Seria a cereja no topo do bolo nas minhas quintas Olimpíadas.”
Desta forma, é de esperar que o ciclista da Movistar se foque nos Jogos Olímpicos de Tóquio, isto sem nunca esquecer que estará no Tour e, devido à proximidade de datas, será que veremos o melhor de Valverde no Tour? “Quando lá estiver, será difícil de decidir, o Tour é o Tour, merece ser honrado.”
Na entrevista foi, também, abordado o mercado de transferências da Movistar, que viu sair Mikel Landa, Nairo Quintana e Richard Carapaz e contratar 14 novas caras. “A Movistar tinha que fazer mudanças. Apesar dos bons resultados, nem sempre as coisas corriam da maneira que queríamos. Quero ajudar o Enric e o Marc a crescer. São dois jovens rapazes que ainda podem evoluir e mostrar coisas bonitas. Não me vou importar de me sacrificar em prol do grupo. No final, o que interessa é que a Movistar ganhe.”
O tema Quintana e Landa e a tensão existente dentro da equipa quando todos corriam juntos também foi falada “Quem não argumenta quando há vários líderes e quereres ganhar? Claro que há tensão. É normal, mas penso que superamos isso. Fico agradecido por ter partilhado equipa com estes dois ciclistas e espero que continuem a ter uma boa carreira, menos quando os objetivos deles coincidirem com os meus.”
Uma longa entrevista de Alejandro Valverde ao jornal As, onde muito se pode concluir, desde os seus planos para o final da sua carreira, o que pensa fazer depois desta e a relação com os ciclistas da Movistar. Faltam 2 anos para o fim da carreira de “El Bala” por isso disfrutemos enquanto pudermos!