Havia no ar uma sensação e um consenso que esta era a última oportunidade de vitória para muitos ciclistas e para uma fuga vingar, por isso mesmo tivemos novamente uma primeira hora de corrida louca, até que se formou um grupo com 35 unidades que reunia consenso entre os interesses das várias equipas, nomeadamente as que estão a lutar pela classificação geral. Dentro desse grupo estavam Richard Carapaz, Ben Healy, Wout van Aert, Tobias Johannessen, Oier Lazkano, Geraint Thomas, Michal Kwiatkowski, Michael Matthews, Wout Poels, Jai Hindley, Valentin Madouas, Guillaume Martin, Louis Meintjes e Steff Cras e o grupo principal nunca mostrou muita vontade de encurtar a distância.

Obviamente num grupo desta dimensão mais cedo ou mais tarde os ataques acabariam por surgir, foi na penúltima contagem de montanha do dia, já depois de Lazkano e Carapaz irem lutando pelos pontos em disputa. Ben Healy, que até foi um dos mais activos, acabaria por rebentar o motor e foi um dos primeiros a ficar para trás, tal como Sobrero e Juul-Jensen. A última contagem de montanha também não fez grandes diferenças e foi na descida que Michal Kwiatkowski ganhou alguma vantagem e depois teve a companhia de Victor Campenaerts e Matteo Vercher.




Não havia grande coordenação entre os perseguidores, mas formou-se um grupo com Toms Skujins, Jai Hindley, Bart Lemmen, Oier Lazkano e Krists Neilands, que chegaram a estar a apenas 10 segundos da frente da corrida. Os 3 da frente davam tudo o que tinham e a 20 kms da meta tinha 30 segundos para o quinteto perseguidor e mais de 1 minuto para o 3º grupo, onde vinha Wout van Aert. Vercher, Campenaerts e Kwiatkowski foram colaborando bem e entre os perseguidores já não havia grandes forças, os 3 tiveram o prémio e o privilégio de discutir 1 etapa da Volta a França.

Matteo Vercher tentou surpreender de longe, com resposta pronta de Kwiatkowski, já Victor Campenaerts jogou com muito sangue frio, não deu qualquer relevo no quilómetro final e acelerou nos últimos 200 metros para, de certa forma, salvar o Tour para a Lotto-Dsnty praticamente na última chance que a equipa tinha visto que não tem já grandes trepadores em competição. Vercher foi 2º e Kwiatkowski 3º, Skujins liderou o segundo grupo, enquanto Wout van Aert e Michael Matthews sprintaram para o 9º posto. O pelotão chegou a cerca de 14 minutos, Steff Cras e Guillaume Martin aproveitaram para aproximar um lugar no top 10.

By admin