Início da semana das Ardenas com a Amstel Gold Race, uma corrida que este ano foi forçada a mudanças devido à COVID-19, sendo feita em circuito e sem público. Logo nos primeiros quilómetros formou-se a fuga com Edward Theuns, Julien Bernard, Stan Dewulf, Sebastien Grignard, Maurits Lammertink, Loic Vliegen, Chad Haga, Ryan Gibbons, Kenny Molly e Anders Skaarseth.
Um grupo muito numeroso mas que viu o pelotão dar uma vantagem máxima de 5 minutos até Jumbo-Visma, Deceuninck-QuickStep e Movistar se organizarem na perseguição. Com o aproximar dos quilómetros finais a corrida foi animando cada vez mais, com muitos ataques e contra-ataques, entre os quais esteve Rui Costa, o que fazia aumentar o nervosismo e levava a quedas de corredores como Maximilian Schachmann e Mauri Vansevenant.
À falta de 38 quilómetros, numa das muitas passagens pelo Cauberg, Primoz Roglic colocou um ritmo mais forte, chegou a cortar o pelotão mas o grupo voltou a unir-se antes de nova passagem pela meta. Na frente, com menos de 30 segundos de vantagem seguia, isolado, Loic Vliegen.
O belga da Intermaché-Wanty viria a estar na frente até aos 25 quilómetros finais, altura em que era ultrapassado por Ide Schelling que, entretanto, tinha saltado do pelotão. O holandês entrou com uma curta vantagem no Cauberg, mas o pelotão apanhou Schelling rapidamente e, finalmente, começaram os ataques entre os grandes candidatos!
Ao mesmo tempo que Primoz Roglic tinha um problema mecânico, Wout van Aert atacava com Julian Alaphilippe, Thomas Pidcock e Michael Matthews na sua roda. As diferenças eram curtas e Pidcock foi o próximo a atacar, proporcionando um novo corte. Na penúltima passagem pela meta formou-se um grupo com Pidcock, Aert, Kwiatkowski, Matthews, Schachmann e Carapaz.
Os grupos voltavam a juntar-se mas no Geulemerberg e era Michal Kwiatkowski que se mexia. Schachamnn fez de tudo para se juntar à frente e conseguiu mesmo no final. Isto levou a novo ataque de Pidcock, que levou consigo Van Aert e Schachmann. Estes 3 abriram uma vantagem de 20 segundos para um grande grupo que se formava na perseguição.
No Bemmelberg ninguém atacou em nenhum dos grupos algo que viria a acontecer a menos de 2 quilómetros do fim. Schachmann tentou na frente e Wellens no pelotão mas ambos sem sucesso. O trio da frente fez um quilómetro final a entreolhar-se entre si, o pelotão ia-se aproximando, aos poucos. A 200 metros do fim, Wout van Aert lançou o seu sprint, Thomas Pidcock rapidamente se colocou ao lado do belga e, num final emocionante, os dois cruzares a linha de meta praticamente ao mesmo tempo. Ninguém sabia que tinha ganho e foi preciso esperar pelo photo-finish milimétrico onde o ciclista da Jumbo-Visma foi declarado vencedor. Schachmann ficou em 3º e o pelotão chegou a apenas 2 segundos, com Matthews a ser 4º e Valverde 5º.